A “obra das muralhas” consistiu num conjunto vasto de trabalhos com vista a sanar as patologias identificadas nas condições de conservação da muralha e de outros pontos notáveis do conjunto classificado como monumento nacional, nomeadamente a Porta da Vila, Pórtico da igreja de Santa Maria, Porta da Senhora da Graça, muro do miradouro da Pousada, Torre do Facho e candeeiros de iluminação pública. Procedeu-se ainda à remoção da vegetação infestante numa faixa de cinco metros na envolvente exterior do perímetro muralhado. A obra envolveu o prévio entendimento entre diversas entidades, como o Município de Óbidos, DGTF – Direção-Geral do Tesouro e Finanças, DGPC – Direção-Geral do Património Cultural e Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Santa Maria de Óbidos. Humberto Marques revelou que o processo para se avançar com estas obras, que tiveram financiamento comunitário, “foi particularmente difícil”. “Havia muito pouco dinheiro e a ‘Europa’ tinha colocado como exigência fazer uma ordem de prioridades para os monumentos [da Região Centro]”, explicou, garantindo que, “não sendo o Castelo de Óbidos gerido pelo Município, foi muito difícil colocá-lo como uma prioridade”. “Foi necessário muito esforço da nossa parte e a chancela da UNESCO de Óbidos como Cidade da Literatura reforçou a nossa capacidade negocial”, indicou. “Temos uma vila mais bonita, recuperada e valorizada”, sublinhou Humberto Marques.
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