Os utentes emergentes e críticos foram reencaminhados para a unidade hospitalar mais adequada, de acordo com a sua situação e complexidade clínica. O condicionamento “repetiu-se no domingo, dado que o mesmo médico contratado por uma empresa e que se encontrava escalado para esse dia também faltou,e não foi possível preencher a escala com os recursos internos do serviço, ou seja, com os médicos do mapa de pessoal”, acrescenta a administração do CHO, que garante que a situação “se encontra resolvida, tendo-se ultrapassado os constrangimentos dos últimos dias”. O condicionamento da urgência pediátrica da unidade hospitalar naqueles dois dias causou algum transtorno às crianças e jovens até aos 17 anos e aos seus familiares. Os doentes que precisaram mais cuidados foram transferidos para vários hospitais como Torres Vedras, Lisboa ou outros a dezenas de quilómetros de distância, o que motivou o protesto dos familiares dos utentes. É o caso de Ricardo Oliveira, que foi à urgência pediátrica porque a sua bebé de 10 meses caiu do berçário e preocupado com a menina quis que ela fosse vista por um pediatra, o que não aconteceu. “A minha filha foi vista por uma estagiária que me mandou para casa esperar umas horas e depois da minha esposa a amamentar voltar com a menina”, relatou. O queixoso referiu que quando fez a inscrição na receção não lhe foi comunicado que a “bebé não seria vista por um pediatra”. “Tenho três empresas, faço desconto em todas elas e agora preciso de uma pediatra e não consigo”, salientou o utente, revelando que nem no privado a pagar nas Caldas conseguiu arranjar um pediatra que consultasse a sua bebé. “O pediatra da menina não está disponível e já liguei para várias clínicas e não é possível”, adiantou Ricardo Oliveira. Manuel Oliveira, que estava à espera que o filho de cinco anos tivesse alta depois do resultado das análises, presenciou vários constrangimentos aos familiares das crianças doentes. “Quando aqui cheguei para saber a situação do meu filho deparei-me que havia um médico para a urgência pediátrica, serviço de pediatria e maternidade e o profissional com muita vontade que tenha não consegue dar resposta”, sublinhou. Este queixoso lamentou o estado do hospital das Caldas, considerando que têm que ser tomadas medidas “urgentes para que isto não volte a acontecer”. Alegou ainda que os médicos pediatras contatados para a unidade das Caldas ganham menos do que os contratados para o serviço de urgência pediátrica do hospital de Torres Vedras. Olga Cristina disse que na receção foi avisada que a sua filha de treze anos não seria vista por um pediatra. “Não tenho hipótese de ir outro lado e a minha filha precisa de ser consultada”, relatou. Médicos tarefeiros ganham mais na unidade de Torres Vedras O JORNAL DAS CALDAS recebeu informação de que os médicos tarefeiros, em regime de prestação do CHO ganham mais 11 euros à hora no hospital de Torres Vedras dos que prestam serviço na unidade das Caldas. Sobre os médicos terem uma remuneração mais alta no hospital de Torres Vedras, o Conselho de Administração do CHO esclareceu que “o valor por hora pago em prestação de serviços depende de autorização superior e tem como fundamentação o número de recursos internos existentes”. “Na Unidade de Torres Vedras há um pediatra do mapa de pessoal para integrar a escala de urgência e na Unidade de Caldas da Rainha existem 10 pediatras do mapa de pessoal em condições de integrar a escala, pelo que os fundamentos para atribuição do valor por hora não é o mesmo”, adiantou. Contudo, “em momento algum houve pediatras a transitar da Unidade de Caldas da Rainha para a Unidade de Torres Vedras, porque o valor é diferente”, garantiu o CHO. O Conselho de Administração reafirmou que “continuará a envidar os esforços necessários para o seguro e legal preenchimento das escalas de urgência, apesar dos constrangimentos verificados em captar recursos humanos médicos, bem como para rentabilização dos já existentes entre as duas unidades hospitalares que integram este centro hospitalar”, sublinhando que “este centro hospitalar integra duas urgências pediátricas com 50 quilómetros de distância entre elas, o que dificulta a gestão e otimização de recursos humanos”.
Falta de médico condicionou urgência pediátrica das Caldas
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