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Serviço de Urgência do hospital das Caldas

Falhas no projeto e atraso nas obras preocupam Comissão de Utentes do CHO

Marlene Sousa

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A Comissão de Utentes do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) visitou na passada sexta-feira as obras de remodelação e ampliação do Serviço de Urgência do hospital das Caldas e mostrou-se preocupada com o atraso, alegando que “nem o responsável pela obra da empresa CLDH Lda. nem o conselho de administração do CHO sabem quando estarão concluídas”. A presidente do conselho de administração diz que vão pedir “uma auditoria externa para averiguar responsabilidades”.
O porta-voz da Comissão de Utentes do CHO, Vítor Diniz, está indignado com o atraso

A Comissão de Utentes do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) visitou na passada sexta-feira as obras de remodelação e ampliação do Serviço de Urgência do hospital das Caldas e mostrou-se preocupada com o atraso, alegando que “nem o responsável pela obra da empresa CLDH Lda. nem o conselho de administração do CHO sabem quando estarão concluídas”. A presidente do conselho de administração diz que vão pedir “uma auditoria externa para averiguar responsabilidades”.

Várias derrapagens e seis meses de atraso nasobras do Serviço deUrgência do hospital das Caldaslevaram a Comissão de Utentes do CHO a solicitar ao Conselho de Administração uma visita às mesmas. Em declarações à imprensa, Vítor Diniz, porta-voz da comissão, disse que na visita lhe foi transmitido que “o atraso se deveu a erros de cadastro e à substituição de uma viga que teve de ser reforçada com cálculos”. “Várias instalações não estavam cadastradas, a deslocação de paredes obrigou a revisão de arquitetura e o bastidor informático teve de ser mudado derivado à qualidade das fibras”, adiantou. Vítor Diniz transmitiu que o responsável pela obra lhe comunicou que “independentemente da obra nunca ter estado parada os atrasos da mesma devem-se ao facto de terem sido feitas algumas alterações ao projeto, designadamente a alteração de uma viga que teve de ser cortada e reforçada bem como a deslocação de paredes”. Revelou também que “a intervenção no interior das urgências, que ainda não iniciou, não tem prazo, uma vez que tem de ser sala a sala, tendo, no entanto, nesta altura, sido solicitado para o efeito um prazo de mais 90 dias”. As novas instalações das urgências pediátricas “não estão concluídas derivado a vestígios de humidade que impossibilitaram a colocação do vinil no pavimento”, contou. O porta-voz da comissão está indignado com o atraso, uma vez que se trata de “falhas graves cometidas na elaboração do projeto”. “Como é possível numa obra desta dimensão e responsabilidade o projetista ter elaborado um projeto com tantos erros graves”, questionou. Vítor Diniz quer saber quem vai assumir o prejuízo do “atraso que já vai em seis meses, sem que nesta altura tenha sido prestada informação por parte do responsável da mesma sobre a data da sua conclusão”. A Comissão de Utentes do CHO exige que sejam atribuídas responsabilidades a quem tem direito, lamentando que o atraso na obra “só aconteceu pela falta de assiduidade no acompanhamento”. O porta voz da comissão relatou ainda que o responsável pela obra lhe disse que “até estava admirado de não ter ainda sido confrontado até ao momento por nenhuma entidade relativamente ao atraso”. Informou ainda que o encarregado de obra “está a elaborar um relatório da obra e brevemente vai entregá-la aos elementos do Conselho de Administração do CHO, onde irá justificar expressamente os motivos dos atrasos da mesma e informar a data de previsão da sua conclusão”. Depois de questionar o encarregado de obra sobre quem pagava o atraso de seis meses da obra “ele depois de minutos de silêncio achou bem dizer que o prejuízo seria abatido em parte no lucro da empresa”, afirmou Vitor Diniz, acrescentando que “da parta do hospital todos os pagamentos estavam em dia”. A visita da comissão foi acompanhada por Filomena Rodrigues, diretora clínica do CHO, Pedro Morais, vogal, Elsa Baião,presidente do conselho de administração, e ainda pelo responsável pela obra da empresado ramo de construção civil CLHD Lda. Vítor Diniz denunciou que compareceu sozinho porque “elementos da Comissão de Utentes do CHO estão a ser intimidados por anónimos”. “Inclusive houve uma pessoa da comissão que recebeu várias chamadas anónimas em que ameaçaram o funcionamento da sua empresa, daí que decidiu não comparecer para falar com a imprensa”, argumentou. Em declarações à imprensa, apresidente do Conselho de Administração admitiu “que os atrasos da obra resultaram de erros no projeto, nomeadamente uma viga investida que não estava prevista no projeto”, desconhecendo o projectista, uma vez que foi feito anteriormente à sua função no CHO. Elsa Baião disse que vão pedir “uma auditoria externa para averiguar responsabilidades”. Esta responsável também está preocupada com o atraso, especialmente nesta altura do inverno com o pico de gripes. Apresidente do Conselho de Administração não sabe dizer a data de conclusão das obras, revelando que está à espera que a empresa lhe entregue um novo cronogramadeobracom datas. No entanto, espera que as novas instalações da urgência estejam a funcionar até meados do mês de março.

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