João Moura Pinto, que confessou o crime, admitiu ter esfaqueado a vítima no peito, Tiago Maurício Martins, de 35 anos, tendo depois levado o cadáver até às urgências do Hospital de Peniche. O crime foi presenciado por uma testemunha, que alertou a GNR da Lourinhã. Os militares deslocaram-se ao local e apreenderam a faca usada para consumar o ato e que tinha sido deixada abandonada junto às arribas. O homicida, residente no Baleal, em Peniche, ter-se-á desentendido com a vítima, acusando-o por ter sido despedido há algum tempo da empresa em que trabalhavam juntos, pelo que se encontravam desavindos, sendo que já tinham ocorridos agressões entre ambos. Combinaram por telefone encontrar-se no parque de estacionamento da praia de Paimogo, tendo a vítima, residente em Sobral, Lourinhã, sido atacada de surpresa. O arguido esteve em prisão preventiva até 20 de novembro de 2018 e, desde essa data, encontrava-se em prisão domiciliária a aguardar julgamento. O coletivo de juízes deu como provados os factos descritos na acusação, tendo também condenado o arguido ao pagamento de uma indemnização de 200 mil euros, disse à agência Lusa fonte judicial. Nas alegações finais, o Ministério Público tinha pedido uma pena de 17 anos, enquanto o assistente, que representa a família da vítima, 20 anos e a defesa do arguido uma pena inferior a 16 anos, por defender que não houve premeditação do crime e, nesse sentido, deveria ser considerado homicídio simples e não qualificado. O advogado de defesa do arguido, Jorge Gabriel Martins, disse à Lusa que vai recorrer da decisão.
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