JORNAL DAS CALDAS – As comemorações do Feriado Municipal no Cadaval, que assinalam os 122 anos da restauração do concelho, começam dois dias antes. Que atividades estão previstas?
José Bernardo Nunes – Este ano, como o dia do feriado municipal é uma segunda-feira, decidimos começar as comemorações dois dias antes. No sábado, dia 11, pelas 15h00, realiza-se a inauguração da exposição de pintura de Selma Saraiva Fuster, com o tema “Estudos sobre retratos Célebres”, na Biblioteca Municipal do Cadaval, seguida da cerimónia de entrega dos prémios municipais de mérito escolar e mérito desportivo ano letivo 2018/2019, pelas 15h30. No domingo, dia 12, pelas 10h30, decorre uma prova de corta-mato infantil, no parque de lazer (junto à biblioteca municipal) e às 15h30 acontecerá o concerto de ano novo, pelo grupo coral do Cadaval, na Igreja Matriz do Cadaval. No dia do feriado, o programa comemorativo começa com o hastear da bandeira, pelas 10h00, nos Paços do Concelho, onde estará presente a fanfarra dos bombeiros voluntários do Cadaval, seguida da cerimónia de entrega dos diplomas do orçamento participativo 2019 e lançamento do orçamento participativo 2020, pelas 10h30, no auditório municipal, e ainda a entrega dos prémios do sorteio “Natal é no comércio tradicional”. Pelas 12h00 decorre a eucaristia pelos beneméritos do concelho na Igreja matriz do Cadaval, e às 15h00 será a vez do concerto de solistas da Academia de Música de Óbidos, no auditório Valentina de Abreu, no quartel dos bombeiros do Cadaval. Também haverá pelas 16h30 o descerramento de uma placa toponímica em homenagem ao antigo presidente de junta, Viriato Geada de Carvalho, numa iniciativa da União de Freguesias de Lamas e Cercal, na Rua Combatentes do Ultramar, na Murteira, junto à paragem de autocarros.
J.C.- A Câmara do Cadaval já aprovou o orçamento para 2020, no valor de 13 milhões de euros. Que obras estão cabimentadas no orçamento?
J.B.N-Todos os orçamentos da Câmara Municipal nos últimos seis anos têm sempre muita influência dos financiamentos que temos com os fundos comunitários. Este é um concelho pequeno e com poucas receitas, e só com os fundos comunitários é que conseguimos efetivamente realizar as obras. Nesse sentido, o orçamento aprovado assegura os grandes investimentos em curso, nomeadamente a construção da 2ª fase do CRO – Centro de Recolha Oficial (vulgo “canil municipal”), no valor de 100 mil euros, mas no total custará 380 mil euros. Ainda estão previstas obras como a construção de percursos pedonais em todo o concelho. Este projeto, que não se iniciou mais cedo porque não tinha o apoio dos fundos comunitários, terá o custo de um milhão e setecentos mil euros. É claro que era altamente incomportável de fazer isto com os meios próprios, sendo financiado em 85%. A primeira fase já foi aprovada, no valor de 770 mil euros, e acabámos de nos candidatarmos à segunda fase, que esperamos que também seja aprovado mais de um milhão de euros para podermos levar a cabo essas ditas vias pedonais por todas as freguesias do concelho. Igualmente pretendemos fazer um levantamento do que ainda falta fazer no concelho e lançar um concurso de grandes dimensões para levar a cabo o projeto de não deixar nenhuma casa sem pavimento à porta. É expectável que durante o ano 2020 se consiga lançar esse concurso. Além disso queremos realizar alguns arranjos urbanísticos e continuar a modernizar a rede de saneamento. No que diz respeito às obras de grande volume, vamos iniciar o projeto de requalificação do espaço das antigas oficinais municipais e zona envolvente, orçado em 1,1 milhões de euros.
J.C.- A OesteCIM – Comunidade Intermunicipal do Oeste aprovou nova redução do valor dos passes da região Oeste para Lisboa. Em relação a essa medida, qual é a sua opinião?
J.B.N -Esta questão é sem dúvida nenhuma muito importante mas acho que estamos nós, municípios, a combater uma lacuna da administração central, que só se preocupou em financiar a área metropolitana de Lisboa e do Porto, em detrimento do resto do país. Perante essa lacuna, nós, OesteCIM, decidimos agir, atribuindo no início do ano passado um subsídio de 30% no valor dos passes. Mais uma vez resolvemos o problema da nossa população e da administração central, que nos vai transferir menos dinheiro daquele que transferia, o que é uma injustiça muito grande.
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