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Jerónimo de Sousa alertou para perigos do regresso do fascismo

Francisco Gomes

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No passado sábado o secretário-geral do PCP participou nas iniciativas evocativas dos 60 anos da Fuga de Peniche, ocorrida a 3 de janeiro de 1960, de dez dirigentes e militantes do PCP, entre os quais Álvaro Cunhal. Na Fortaleza de Peniche houve uma visita guiada aos pontos fulcrais da fuga, seguindo-se uma sessão no auditório do Edifício Cultural de Peniche.
Sessão evocativa dos 60 anos da Fuga de Peniche

Álvaro Cunhal, Carlos Costa, Francisco Martins Rodrigues, Francisco Miguel, Guilherme da Costa Carvalho, Jaime Serra, Joaquim Gomes, José Carlos, Pedro Soares e Rogério de Carvalho, prisioneiros, ligados ao PCP, protagonizaram a Fuga de Peniche. A cadeia de alta segurança de Peniche era o orgulho da repressão salazarista, mas os dez prisioneiros, com a cumplicidade externa e interna, conseguiram a evasão, depois da neutralização do carcereiro e da saída para fora das muralhas através de lençóis amarrados uns aos outros. Havia três automóveis para os tirar dali. “Assinalamos hoje um dos mais relevantes episódios da história da resistência antifascista. Queríamos saudar todos os homens, mulheres e jovens que passaram por todas as prisões fascistas: Tarrafal, Angra do Heroísmo, Aljube, Caxias, prisão da PIDE no Porto e Peniche. Resistiam à ditadura e lutavam pela restauração da liberdade e democracia”, manifestou Jerónimo de Sousa. O secretário-geral do PCP sublinhou que o forte de Peniche era “um dos mais sinistros cárceres do fascismo. Por aqui passaram muitos dos presos condenados a longas penas de prisão, que eram, na sua maioria, militantes comunistas, cujo único crime que cometeram foi o de lutarem pelo bem do seu povo”. “A fuga, para além de ter sido uma das mais espetaculares evasões de toda a história do fascismo, foi como que abrir uma fenda na muralha do regime”, referiu. Sobre o Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, cuja primeira fase foi inaugurada em 2019 na Fortaleza de Peniche, Jerónimo de Sousa disse ser “uma antiga reivindicação, depois de mais de quarenta anos de luta pela sua concretização”. “É tempo de regozijo por finalmente se ter dado esse importante passo. O memorial com a inscrição dos 2510 nomes de presos que aqui estiveram entre 1934 e 1974 é uma justíssima homenagem aos que lutaram, mas também um instrumento indispensável para mostrar às novas gerações, quando assistimos às muitas tentativas de reescrever a história”, sustentou, descrevendo que “falsifica-se o que foi a ditadura, adultera-se o que foi a revolução de abril e o papel das diversas forças na resistência, e em particular o papel dos comunistas”. “Uma coisa precisa de ser reafirmada para que as novas gerações o não esqueçam: o fascismo não foi apenas um regime autoritário e conservador, mas um regime onde a violência, as perseguições, a PIDE, as torturas e as condenações arbitrárias imperavam”, vincou Jerónimo de Sousa. “Num tempo quem que forças da extrema-direita crescem no mundo, o Museu Nacional da Resistência e da Liberdade tem ainda mais valor e será sempre um farol de alerta”, considerou, fazendo notar que “também precisamos de programas políticos que defendam os direitos dos trabalhadores e o progresso”.

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