De acordo com a CPDLO, “o atraso na entrada em vigor do novo preço daquele passe tem origem na CP, que alega não poder praticar o novo desconto antes da entrada em vigor Orçamento de Estado, o que só deverá acontecer no início de março”. O novo desconto fará com que o preço máximo do passe seja de 70 euros, correspondentes a 30 euros do percurso até ao limite da Comunidade Intermunicipal do Oeste e de 40 euros na área da Área Metropolitana de Lisboa. “Sendo significativa a redução do preço deste passe, o adiamento da sua aplicação representa uma discriminação dos utentes da ferrovia, a exemplo do que aconteceu no ano de 2019, em que os descontos nos operadores rodoviários entraram em vigor em abril e na ferrovia só em junho, não tendo sido devolvidas aos utentes, as diferenças nos preços dos meses anteriores”, aponta a CPDLO. Para a comissão, “trata-se de uma decisão inaceitável, vinda da CP, uma empresa pública, que tinha a obrigação de dar o exemplo na aplicação do Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos, não só beneficiando os utentes, como incrementando o uso do comboio, em detrimento do autocarro”. A CPDLO dirigiu já ao presidente da CP, um mail de protesto contra esta decisão e reafirmou o pedido de reunião com o Ministro das Infraestruturas e Habitação para discutir este assunto e outros relacionados com os concursos para as obras de modernização da Linha do Oeste. Solicitou aos Grupos Parlamentares da Assembleia da República a sua intervenção junto do governo para que este dê orientações à CP para pôr em vigor, de imediato, os novos preços dos passes. Entretanto, contrariamente ao inicialmente anunciado, o serviço interregional entre as estações de Caldas da Rainha e Coimbra-B está a ser substituído por serviço rodoviário devido ao facto de parte do percurso não estar transitável nas zonas inundadas, derivado do mau tempo.
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