Em maio deste ano Maximino Martins viu marcada a colonoscopia para 28 de outubro. Um mês antes recebeu uma carta a adiar o exame para 4 de novembro. Cinco dias depois foi avisado de nova marcação para 18 de novembro. Passou mais um mês e a colonoscopia foi mais uma vez mudada, agora para 23 de dezembro. Já este mês, nova carta dava conta de mais uma alteração, para 3 de fevereiro de 2020. “Já seriam anómalas tantas alterações, mas mais estranho ainda é que o exame era para ser analisado pela médica que me segue na consulta de gastrenterologia, no dia 28 de janeiro de 2020, ou seja, antes da nova marcação da colonoscopia”, recordou Maximino Martins, que é diácono nas paróquias de Óbidos. Indignado com a situação resolveu tornar público o caso no Facebook e escreveu de seguida uma carta dirigida à ministra da saúde, Marta Temido, pedindo-lhe “que se coloque no meu lugar”, considerando que o problema “está para além de qualquer compreensão plausível”. “É uma falta de respeito pelos doentes e não há explicação nenhuma, e mais do que indignado fico apreensivo e causa-me desconforto, pois se me é pedido um exame é porque é necessário e administrativamente é adiado. Estou convencido que se quem manda estivesse no lugar do cidadão comum isto não seria protelado”, comentou. Apesar do JORNAL DAS CALDAS não ter conseguido obter uma justificação, passados poucos dias chegou uma carta a comunicar que a colonoscopia passou para 3 de janeiro de 2020, isto é, antes da consulta para o exame ser analisado, o que deixou Maximino Martins satisfeito.