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Rede de Cidades Criativas da Unesco

Câmara vai investir 1,8 milhões de euros em programação e edifícios de apoio

Mariana Martinho

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A integração das Caldas da Rainha na rede de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), que foi “merecida e responsabilizante”, prevê um investimento por parte da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, no valor de 1,8 milhões de euros, em programação e edifícios, que servirão de apoio à mesma. Esta candidatura, que foi “vitoriosa, assumindo-se como um desafio exigente e por isso também exaltante”, foi assinalada no passado dia 28, com uma cerimónia no Centro de Artes.
Cerimónia no Centro de Artes das Caldas da Rainha

A distinção para as Caldas da Rainha, que foi aprovada a 30 de outubro, teve início em 2015 com apresentação da candidatura, que “obteve o justo reconhecimento em menos tempo do que o inicialmente previsto”. Liderada por João Serra, a equipa que preparou a candidatura recorda que o projeto apontava para a apresentação da mesma apenas em 2020, mas, “antecipámos um ano este processo”, o que também fez com que o programa delineado inicialmente “não fosse integralmente cumprido, certamente por deficiência nossa e talvez excesso de ambição”. Apesar disso permitiu “estabelecermos parcerias e linhas de atuação que, se forem prosseguidas, consolidarão a médio prazo o objetivo de consagrar Caldas da Rainha como cidade cerâmica sustentável”. O historiador aproveitou a ocasião para anunciar que “estes quatro anos de exercício agora, por vontade própria, chegam ao fim”, no entanto relembrou algumas responsabilidades que decorrem para a autarquia e para os seus parceiros. Nesse sentido, a política pública municipal deverá prosseguir e reforçar as parcerias com as escolas, os centros de formação cerâmica e as associações culturais, que inscrevem o estudo e a promoção a atividade cerâmica nas suas atividades. Igualmente reforçar o apoio à investigação em relação com os objetivos da política municipal para o setor, elaborar um programa de ações de estímulo à internacionalização do setor cerâmico artesanal, definir um plano de incentivos à fixação de novas unidades de pequena produção autoral e de apoios ao desenvolvimento do próprio negócio, e defender um plano de salvaguarda e proteção do património cerâmico público urbano, designadamente o património azulejar e artístico, que “vem sendo destruído a um ritmo intenso”. João Serra também sugeriu a adoção de um plano de médio prazo de musealização da Cidade Cerâmica, “contratualizado com outras entidades públicas e privadas, pondo de pé os instrumentos de gestão e de financiamento ajustados”, e lançar um “grande evento bienal de âmbito multidisciplinar”, no qual se possam materializar os objetivos e instrumentos da política pública para o setor, como por exemplo a recuperação da designação Molda. Além disso propôs a inscrição deste conjunto de ações no programa regional de cultura que sustentará a candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura em 2027, e ainda arranjar forma de “garantir um modelo adequado de gestão e de financiamento da Cidade Criativa, interlocutor da rede Unesco”. Por fim referiu que “a expetativa é elevada mas a cidade dispõe hoje de interlocutores e de colaboradores em quantidade e qualificação, para garantir a ambição deste projeto”.

Candidatura baseia-se “em três linhas mestras”

Luísa Arroz, docente que liderou a elaboração do dossiê da candidatura, afirmou que “estabelecemos algumas prioridades, entre as quais três, que no fundo são as linhas mestras da candidatura”. A primeira, segundo a docente, vai procurar “materializar aquilo que já vemos na cidade, que é um ponto de encontro para a cerâmica onde muitos dos ceramistas que aqui trabalham e outros que não trabalham no concelho sentem necessidade de vir às Caldas para ver o que está acontecer ou trocar ideias com outros ceramistas”. Nesse sentido, “vamos querer dar materialidade a esse cluster que se forma na cidade”, mas “uma gestão mais profissional pode maximizar a visibilidade daquilo que é produzido na cerâmica”. Igualmente pretendem dar maior visibilidade à cerâmica artesanal através do digital e criar um catálogo de boas práticas, um centro de conhecimento na área da sustentabilidade, e um observatório para avaliar as práticas de sustentabilidade. A este observatório também vai estar associada a criação de um ecoponto para a recolha dos resíduos cerâmicos. Presente na ocasião também esteve o presidente da Câmara Municipal, Tinta Ferreira, que referiu que “esta distinção coloca a cidade num patamar que vai para além das suas fronteiras”, apesar de ter sido “uma aposta de risco”. No entanto, “felizmente munimo-nos das condições adequadas e agentes mais capazes, que nos permitiram fazer o processo e valorizar o que Caldas tem para oferecer”. Neste momento “estamos perante um conjunto de dez compromissos”, o qual implica também a qualificação e ampliação do Museu de Cerâmica, que “queremos que este seja um museu nacional verdadeiro”, e de outros dois edifícios. Um deles é a oficina dos artistas, que “pretendemos instalar no edifício junto à parada”, um espaço de venda e de produção por parte de artesãos e de ceramistas, e o outro o Pátio dos Burros, situado no centro da cidade. Este último, que já está adjudicado no valor de 442 mil euros, prevê a requalificação para ser transformado num espaço de trabalho e venda de produção de artesanato no centro da cidade. Além destes também o edifico junto ao Posto de Turismo será transformado em novos espaços de exposição. No total em programação e no edificado, a autarquia vai investir 1,8 milhões de euros, com intuito de “alavancar a ideia de criar um corredor criativo, que ligue a ESAD.CR até ao CCC”.

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