Esta nova unidade hoteleira, que ocupará uma área de 15.500 metros quadrados de construção e que contempla uma ligação entre o Céu de Vidro e a antiga Casa da Cultura aos pavilhões, bem como a construção de um edifício multiusos no espaço do antigo Salão Ibéria, terá ainda que ter, para além da autarquia, a aprovação da Direção Geral do Património Cultural, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo e do Turismo de Portugal. Posteriormente irá novamente à Câmara para aprovação do licenciamento final da obra. Esse processo, segundo os socialistas, revela “um défice de planeamento da Câmara, pois se nós já tivéssemos aprovado há mais de 15 anos um Plano Pormenor do Centro histórico não teria havido este enorme atraso”. Apesar disso, ambos consideram que o projeto hoteleiro tem “elevado interesse público municipal e até nacional”, sendo “uma peça fundamental de apoio ao termalismo, potenciando a diversificação económica e social da estância termal das Caldas”. Por outro lado será também “um fator de apoio ao desenvolvimento do turismo regional, não só no concelho como na globalidade da região, aumentando assim o número e a qualidade da oferta de camas na cidade e dotando-a de melhores condições para acolher eventos de maior envergadura”, nomeadamente congressos ou algo do género. O projeto de arquitetura, “desde o seu anteprojeto até à sua versão atual, melhorou globalmente indo de encontro a algumas das nossas críticas e preocupações”. Foi o caso da desistência da intenção de construir um parque de estacionamento subterrâneo, bem como de fechar o Céu de Vidro ao público, “o que impediria as pessoas de efetuarem o seu atravessamento e a respetiva ligação entre o Largo da Copa e o Parque D. Carlos I, mantendo-se, portanto, o livre acesso das pessoas”. Igualmente foi recuada a ideia de aumentar a área de construção do edifício no espaço da antiga Casa da Cultura para o interior do parque, alinhando assim o “polígono de implantação à face dos pavilhões”, bem como a construção de um piso superior no edifício. Foi também possível melhorar, “ainda que parcialmente”, outros aspetos do projeto, como a entrada do hotel através da construção de “um cubo cego, em material opaco numa cor desajustada, impedindo assim a entrada e saída do parque junto ao Novo Balneário”. Esse “cubo”, que se mantém, segundo os vereadores, passou agora a “ser envidraçado na sua parte inferior”. O novo edifício onde outrora foi o Salão Ibéria previa, inicialmente, “uma maior volumetria e uma cércea mais alta junto ao pavilhão mais próximo”, e ainda “uma cor/materiais desajustados com a restante paisagem urbana”, tendo esse também alterado a volumetria e a cércea, bem como os materiais. Contudo, consideram que ainda “subsistem aspetos que deviam ser melhorados” no projeto, nomeadamente à entrada do hotel. Segundo Luís Patacho, “esta deveria ser feita pelo lado da antiga Parada e não pelo Céu de Vidro, uma vez que não só desvirtua este simbólico elemento como congestiona toda a zona do Largo da Copa, além de, na atual versão do projeto, impedir por completo a passagem entre o Céu de Vidro e o pavilhão mais próximo”. Além disso “eliminará a utilização da entrada e saída do parque junto ao Balneário Novo, o que compromete a acessibilidade de veículos em caso de incêndio”. Outro aspeto criticado foram os materiais a implantar novo edifício que se prevê construir na zona do antigo Salão Ibéria. Estes, de acordo com os socialistas, deveriam ser “mais leves e translúcidos de baixa manutenção, beneficiando o enquadramento paisagístico dos Pavilhões do Parque”. Já o vereador Jaime Neto sublinhou que “o novo hotel não tem sido pensado em articulação com o projeto das futuras termas”. Considerou ainda que se perde “uma oportunidade estratégica para articularmos melhor o Parque com a Mata Rainha Dona Leonor”. Os dois espaços, segundo o vereador, seriam “um parque urbano de escala europeia, que iria permitir aos turistas ambientes sensoriais diversificados e longos passeios a pé”.
Vereadores socialistas duvidam que hotel no Parque abra em 2020

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