Lacerda Fonseca, responsável pela Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, que presidiu à inauguração do certame, destacou a iniciativa como um ponto de “promoção dos produtos regionais”, e “uma estratégia decomunicaçãoeficaz”. “Além da produção tem que haver uma boa comunicação do produto, que é fundamental dada à diversidade de produtos que existem”, disse ao JORNAL DAS CALDAS. “Os laços comunitários que este evento cria numa sociedade que está em mudança também são muito importantes para a qualidade de vida das pessoas”, adiantou o responsável. José Bernardo, presidente da Câmara Municipal do Cadaval, espera que a presença da TVI no primeiro dia do certame, com o programa “Juntos em Festa”, durante toda a tarde de sábado, faça a diferença “para divulgar os nossos produtos a nível nacional”. O autarca destacou o ano muito bom no Cadaval em termos de “produção de pera rocha e maçã, não só em quantidade, mas também qualidade”. Em termos de castas para a produção do vinho leve revelou que houve uma ligeira quebra de produção, mas “uvas de muito boa qualidade, o que se espera que seja um ano excecional”. Bernardo Nunes destacou também a gastronomia que está entregue às associações do concelho. “Para além da habitual qualidade, é uma oportunidade para degustar alguns dos produtos locais combinados com os nossos vinhos leves”, sublinhou. Uma das principais novidades, segundo o presidente, é a eleição da Miss Adiafas ser no último domingo à noite, que foi uma sugestão dos parceiros no evento. Recorde de produção pera rocha Como o certame celebra o final das colheitas, o presidente da Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha (ANP), Domingos dos Santos, fez ao JORNAL DAS CALDAS, um balanço das colheitas. No caso concreto da Cooperativa de Fruticultores do Cadaval, houve mais 12% de produção de pera rocha em comparação com 2018, com uma “qualidade muito boa”. “Foi um ano recorde e com 24650 toneladas de pera rocha e estamos a receber maçãs, prevendo chegar na ordem das 3 mil toneladas”, disse o responsável, adiantando que no conjunto do ano a Cooperativa de Fruticultores do Cadaval deverá receber no total “cerca de 28 mil toneladas de fruta, o que é uma produção recorde”. Domingos dos Santos referiu que neste momento estão em plena comercialização e vão exportar cerca de 80% da produção. “Este ano em outros países da Europa houve um decréscimo de peras e isso vai-nos certamente ajudar”, relatou. Em relação ao Reino Unido, o presidente da ANP admite “alguma apreensão com o “Brexit”, mas afirma que ainda não tem noção de qual será o impacto, no entanto, “como a Inglaterra é o nosso segundo mercado esperamos que as negociações minimizem os impactos”.