Iúri Oliveira, de 30 anos, nasceu e foi criado nas Caldas da Rainha, onde estudou e onde tem as suas “lembranças de adolescência” e sempre que pode volta à cidade para passar tempo com a família e amigos.
Após ter terminado o 12º ano na Escola Secundária Raúl Proença, viajou para Londres à procura da área musical que pretendia. Foi lá que tirou a formação em Percussão Latina e Brasileira, no conservatório “The Rhythm Studio”, London School of Popular Music. Após alguns anos viajou para a Holanda para o conservatório DrumDrumdrum, dedicado à world music, música étnica e jazz. Entre estas viagens e formações, participou em vários workshops e aulas particulares com professores de Cuba, Brasil, Argentina e África.
A tocar desde tenra idade, foi aos 14 anos que Iúri Oliveira se assumiu como músico profissional, desenvolvendo o seu trabalho a solo. Não se recorda bem quando recebeu o seu primeiro instrumento, oferecido pela sua mãe e pouco depois lembra-se de ter comprado “um par de bongós na antiga loja de música das Caldas da Rainha, Sinfonia”.
“Sempre amei fazer música, mas nunca pensei que fosse possível viver disso ou ser um trabalho a tempo inteiro, daí ter feito tantas outras coisas e a música sempre em paralelo”, contou ao JORNAL DAS CALDAS. Pensou sempre que poderia fazer música apenas “como hobbie e não a tempo inteiro, e um dia todas as condições reuniram-se para eu querer dar esse passo, e foi aí que o sentimento de “músico profissional” tomou as proporções certas”, adiantou.
Sendo um percussionista versátil, tem percorrido um caminho de conquistas e destaques. Em 2013, Iúri Oliveira foi finalista e vencedor da menção honrosa na área da percussão na 5ª Edição do Festival de Percussão e Bateria de Lavra.
Tem viajado, gravado e colaborado com vários artistas e bandas passando por festivais nacionais como Festival Músicas do Mundo, Festival MED, Sol da Caparica, Avante, entre outros. No panorama internacional passou pelo “Olympia”, em Paris-França, pelo teatro “Jobur Theatre”, em Joanesburgo – África do Sul, pelo teatro “De Dolen”, em Roterdão – Holanda, pelo MusicMeeting – Holanda, pelo Toots Jazz Festival na Bélgica e este ano pelo Billboards Music Awards 2019 em Las Vegas – EUA.
Gostava de um dia atuar nas Caldas
Quantos aos projetos atuais e futuros, diz que como músico “estudar e aprender são as minhas maiores prioridades”. Trabalha com “bandas em ascensão das quais me orgulho muito de todo o trabalho e dedicação”. Realçou a sua banda de jazz/fusão “Loosense”, que lançou o novo álbum “Sallon” a 4 de outubro. Destacou ainda o seu projeto de “reinvenção da música tradicional portuguesa”, “Criatura”, que terminou as gravações do 2º álbum, que está pronto a sair no início do próximo ano.
O músico falou também do projeto “They Must Be Crazy”, a “frenética banda com uma alta secção de ritmo e sopros de treze elementos, do estilo “Afrobeat, Afro-Jazz, Afro-Funk”, e por último o trio de música lusófona “Bossa & Morna”, na qual iniciou a gravação do primeiro álbum de originais.
Iúri Oliveira gostava de um dia dar a conhecer um dos seus projetos musicais à população das Caldas da Rainha. Defende um Festival Internacional de Percussão no CCC. “Seria um prazer levar isso em frente, com tantos artistas que temos no nosso país nesta área”, apontou.
Devido ao seu foco e quantidade de trabalho, não sabe o que acontece no concelho das Caldas, mas afirma que “temos no mercado nacional e internacional vários artistas caldenses que por vezes podem passar ao lado da nossa Câmara Municipal”.
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