A maior afluência às urnas foi das 10h30 às 12h30 e das 15h30 às 17h00, onde o corredor do edifício da escola onde estavam salas chegou a congestionar, com as diferentes filas a juntarem-se. Há registos de eleitores que esperaram mais de meia hora pela sua vez.
Contatado pelo JORNAL DAS CALDAS, o presidente da União das Freguesias Nossa Sr.ª do Pópulo, Coto e São Gregório, Vítor Marques, sublinhou que o problema se deveu à lei eleitoral para a Assembleia da República que, no seu artigo 40 e numa revisão feita há um ano, veio dizer que as mesas de voto eram organizadas por sensivelmente 1500 eleitores. Daí resultou a diminuição para 10 salas e cada uma com 1452 eleitores.
Segundo o autarca, a outra situação que causou congestionamento foi o facto de os cadernos eleitorais deixarem de ter número de eleitor e passarem a ser por ordem alfabética. “Houve alguns problemas com as pessoas que não sabiam qual a sua mesa de voto, mas o problema maior foi no ato de votar, onde os elementos da secção levaram mais tempo a encontrar o nome da pessoa”, explicou Vítor Marques.
O presidente da União de Freguesias deu a cara às várias reclamações e tentou ajudar a minimizar o problema.
Vítor Marques revelou que já reuniu com o Município para fazer um balanço da ocorrência e que para as próximas eleições decidiram manter os votos na Escola Rafael Bordalo Pinheiro, mas espaçando com intervalos as secções de votos. “As secções vão também ser melhor identificadas”, adiantou o autarca.
Outra hipótese, mas que não é defendida por Vítor Marques, é mudar as mesas de votos para o Pavilhão Desportivo da Escola Rafael Bordalo Pinheiro.
A situação foi também denunciada pelo porta-voz do Bloco de Esquerda das Caldas da Rainha, Arnaldo Sarroeira, que disse que “a redução do número de mesas de voto e o facto dos cadernos eleitorais passarem a estar organizados dentro de cada freguesia ou posto de recenseamento, por ordem alfabética dos nomes dos eleitores, acabou por gerar filas que nunca mais acabavam e grandes confusões”.
Além disso fez notar que “existem grandes dificuldades ao nível do analfabetismo e iliteracia da população”.
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