Dispõe de um cais muito procurado, tanto para lazer quanto para atividades piscatórias e marítimas; dois museus (Proprietary House – The Royal Governor’s Mansion e The Kearny Cottage Museum); uma galeria de arte (Perth Amboy Gallery Center for the Arts); diversas casas em estilo colonial, outras vitorianas; uma encantadora marina; um frondoso e bem cuidado parque (este possui uma concha acústica bem projetada); e algumas praias (distantes do marco zero da cidade): A Sandy Hook, com uma excecional vista para Manhattan; a Sea Bright, banhada, pelo Oceano Atlântico Norte e pelo rio Shrewsbury; e a Point Pleasant Beach, local de grande atividade desportiva (voleibol, surf, bodyboard, caiaque e mergulho), todas com um extenso areal branco e muito frequentadas por residentes e turistas.
As suas avenidas e ruas são muito largas e cuidadosamente limpas. A maioria das calçadas são cobertas por uma vegetação bem tratada e primam pelo asseio.
Confesso que não compreendo o motivo que leva Perth Amboy a ser uma cidade-irmã de Caldas da Rainha, pois, entre elas, não há ligações históricas ou termais, não existindo, inclusive, nenhum vínculo protocolar, seja a nível espacial, económico ou cultural. Não há, também, nenhuma característica semelhante, tanto no foro demográfico quanto no social.
A força motriz de Perth Amboy foi sempre o povo hispânico, realçando-se depois os escoceses e, posteriormente, os dinamarqueses, os polacos, os húngaros, os checos, os russos, os austríacos e os italianos. Atualmente, além dos citados, existe uma respeitada, enorme, e próspera, comunidade judaica.
É de destacar a pujança do Raritan Yacht Club, um dos clubes de iates (algo que o concelho caldense não possui) mais antigos e cortejados do mundo.
Perth Amboy tem, assim como muitas cidades americanas, uma pequena, mas salutar, colónia portuguesa, mas, isso não é o suficiente para firmar um protocolo de cidade-irmã com este burgo.
Se andarmos por esta terra e inquirirmos os caldenses sobre o que acham da cidade de Perth Amboy, praticamente a totalidade dirá que nunca ouviu falar, nem sabe onde fica situada. Dirão ainda que não conhecem o conceito de cidade-irmã, e que, nunca, alguém relacionado à Câmara Municipal, ou a uma Junta de Freguesia, se dera ao trabalho de explanar sobre esse assunto.
A geminação de cidades e vilas visa estimular a solidariedade mútua entre pessoas, incentivando o intercâmbio de experiências, a amizade, as relações históricas, educacionais e culturais, e o fortalecimento do comércio e da indústria.
As duas perguntas que deixo aqui são simples: Quem é o responsável pela pasta das geminações na Câmara Municipal das Caldas da Rainha? O que se vem fazendo, efetivamente, para aproximar-nos de Perth Amboy?
A falta de projetos, e de acordos de cooperação, entre as duas localidades é o reflexo do vazio que se vive neste concelho, onde as manobras de diversão e o nepotismo vão ganhando terreno, em detrimento de uma solidez cultural, política e social, necessárias para o crescimento efetivo da região.
0 Comentários