Em 1969 o padre Jesuíno e um grupo de paroquianos fundaram a Associação Para o Jardim Infantil de Salir de Matos, criando o primeiro jardim de infância fora da cidade. Obtiveram, junto da segurança social, um subsídio que chegava unicamente para pagar o vencimento da única funcionária do jardim. O transporte das crianças era feito com o carro particular do pároco, e a alimentação era garantida pelo padre e outros paroquianos que doavam produtos para a confeção das refeições. Mais tarde conseguiram a primeira carrinha emprestada pelo ministério da agricultura, que adaptaram com bancos de madeira para transportarem mais crianças. Em 1976, constatou-se a necessidade de criar novas instalações e para o efeito foi oferecido pelos sócios José Albino e Maria de Lurdes David um terreno para a construção. A segurança social concedeu um subsídio para novas instalações e acordo para acolher 50 crianças. Em 1998 entrou em funcionamento a valência de Apoio Domiciliário nas mesmas instalações do Jardim de Infância, com capacidade para 28 utentes. Eram prestados, de segunda a sexta, serviços de higiene pessoal, alimentação, tratamento de roupas, cuidados de imagem e pequenas limpezas no domicílio. Em 2000 iniciou a valência de Apoio Domiciliário integrado, passando a funcionar também aos fins de semana e feriados, e acrescentando apoio na medicação e realização de serviços externos, como compras, entre outros. Em 2010 abriu a Estrutura Residencial para Idosos (ERPI) e Centro de Dia, com 30 e 13 utentes, respetivamente. Estas valências contribuíram para minimizar os problemas dos idosos em situação de grande dependência e sem apoio familiar. Este projeto foi financiado pelo programa PARES e pela Câmara Municipal de Caldas da Rainha. Tratou-se de um investimento de 1,1 milhão de euros. Atualmente na ERPI (lar) estão 33 idosos, no centro de dia 12 utentes, no apoio domiciliário 28 utentes, no apoio domiciliário integrado 12 e no jardim de infância 50 crianças. Mais 60% dos utentes são oriundos da cidade das Caldas da Rainha. A instituição emprega 50 trabalhadores e serve a comunidade “com um padrão de humanismo e qualidade”, sublinhou Pedro Rebelo, presidente da ASESM, no almoço comemorativo dos 50 anos, realizado no Centro Pastoral de Salir de Matos, perante cerca de centena e meia de participantes. O dirigente elencou os desafios que a instituição tem pela frente, desde acabar de pagar ao banco o empréstimo obtido para construir a ERPI (ainda faltam cem mil euros), ampliar a capacidade de oferta do lar em mais cinco quartos (dez utentes), preencher as vagas no Jardim e substituir o autocarro de transporte. “Com orgulho, somos uma instituição que presta serviços relevantes para a melhoria da qualidade de vida e para a coesão das nossas comunidades”, destacou Pedro Rebelo. “Meio século de vida sublinha todo um percurso de serviço à população, sempre com um sentido de humanismo, proximidade e geração de respostas sociais para a comunidade de Salir de Matos e das Caldas da Rainha”, afirmou Rui Jacinto, presidente da Junta de Salir de Matos. Maria do Carmo, em representação da Segurança Social de Leiria, elogiou a missão da ASESM, frisando a dedicação dos trabalhadores aos utentes. “Nestes 50 anos estivemos lado a lado com a instituição, com a assinatura dos protocolos de cooperação, com apoio a cerca de 150 utentes. Que venham mais sonhos, a Segurança Social estará mais uma vez lado a lado”, manifestou. O presidente da Câmara das Caldas, Tinta Ferreira, disse que a instituição teve uma ação “inovadora” há 50 anos, ao constituir o primeiro jardim de infância em meio rural. “Foi um salto qualitativo para as crianças”, vincou. “Não foi só para a freguesia que começou a prestar serviços. Pessoas das Caldas precisaram dos serviços de Salir de Matos e ainda hoje acontece escolherem esta instituição pela sua qualidade. Quero dar os parabéns, em nome de todos os caldenses, a todos os que aqui trabalharam e trabalham”, declarou.