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Jornadas Pedagógicas do Agrupamento de Escolas Raul Proença

“As escolas devem descobrir as virtudes dos alunos sem deixar ninguém para trás”

Marlene Sousa

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“Atrevam-se a ser felizes, arriscando e inovando nas vossas práticas pedagógicas. A direção do Agrupamento de Escolas Raul Proença (AERP) estará sempre disponível para vos apoiar”. Palavas do diretor, João Silva, na sessão de abertura das primeiras jornadas pedagógicas da AERP, que encheu de professores, no passado dia 11, o auditório dos Pimpões.
Sessão de abertura das jornadas pedagógicas da AERP

Mais de 200 docentes estiveram reunidos no auditório dos Pimpões para a primeira edição das Jornadas Pedagógicas – “Para uma nova Escola”, onde todos possam aprender: Um contributo para a promoção do sucesso escolar, adaptando os métodos de ensino à atualidade dos alunos. O objetivo é criar um evento anual cheio de mensagens, onde a inovação e autonomia são as palavras-chave para tornar a aula mais interessante, para que os alunos estejam motivados e consigam alcançar objetivos positivos. Rui Correia, o melhor professor do país, que foi o coordenador destas jornadas, sublinhou que o intuito é “ir à procura de tudo o que é realmente importante e que pode fazer a diferença nas nossas aulas”. O docente da EBI de Santo Onofre citou o filme Toy Story, que “leva ao infinito e mais além”, referindo que “é por aí que eu queria que nós pudéssemos com estas jornadas garantir esse caminho”. “A ideia pela qual nós possamos estar anos e anos com as mesmas práticas traz um dano imediato à nossa própria profissão”, apontou. Para o coordenador das jornadas, a direção tem que ser “extremamente atuante no apoio e amparo a qualquer professor que queira arriscar e mudar práticas que às vezes têm 30 anos”. Foi nesse sentido que Rui Correia convidou o diretor da AERP para falar sobre “que escola queremos ser?”. João Silva referiu que existiu “o Ministério da Educação de Crato”, onde a ideia geral era “conteúdo, avaliar e rigidez, e andávamos numa aceleração que tínhamos que cumprir o programa”. “O paradigma mudou, o discurso mudou e agora estamos perante o ministério pós Crato, onde passámos para competências, aferir, autonomia e flexibilidade”. “Temos estado sempre a trabalhar para o aluno médio, mas aquilo que nos pedem atualmente é para trabalhar para o perfil dos alunos, a singularidade de cada um”, adiantou o diretor. “Para nós formarmos os nossos alunos todas as disciplinas são importantes e cada competência do perfil pode ser trabalhada pelas diferentes cadeiras”, adiantou. Sem entrar na “ditadura dos alunos”, é preciso, segundo, João Silva, “ouvir os estudantes sobre o que esperam da escola”. Para o diretor, ambientes inovadores de aprendizagem não tem que ser só “tecnologia”, é “nós proporcionarmos aos alunos situações de aprendizagem diferentes”. João Silva fez notar que na 12ª Gala de Empreendedorismo a AERP ganhou o título de escola mais empreendedora. Em declarações ao JORNAL DAS CALDAS, Rui Correia disse que “o ponto essencial da iniciativa é fazer com que as pessoas reflitam sobre como a nova legislação está “a mudar uma série de práticas didáticas”. “O ponto essencial incidiu sobre o convite a uma série de pessoas que se têm revelado protagonistas da defesa de uma atitude muito prática e humanista da educação”, sublinhou. “Uma educação para a cidadania” Um dos momentos mais criativos das jornadas pedagógicas foi a intervenção do professor e autor Jorge Rio Cardoso, que tem um novo livro -“Uma Nova Escola Para Portugal” – onde propõe novas soluções para cativar os alunos. Aproveitou o momento para agarrar a plateia desde o primeiro minuto, com aplausosno fim, depois de um discurso rico em mensagens daquilo que a escola pode ser. Para o académico, é preciso que os estabelecimentos de ensino sejam lugares que “descubram os talentos e virtudes dos alunos”. “E que sejam solidários, não deixando ninguém para trás”, referiu. O que defende é“uma educação para a cidadania”. O criador do método de estudo “Ser bom aluno, ‘bora lá?” acredita que o modelo atual de ensino está obsoleto porque “oaluno não é parte ativa”. O também professor do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas e técnico superior do Banco de Portugal defende uma escola integral que diga aos alunos que “estudar é importante, mas não é tudo”. Jorge Rio Cardoso quer uma escola que “prepare para a vida”. “O sistema devia basear-se mais na avaliação formativa e não tanto na somativa”, frisou, interrogando: “O que me interessa que um aluno tenha 20 se não tiver competências essenciais à vida?” “Temos de fomentar dentro das escolas não um modelo de competitividade, mas modelos de cooperação”, afirmou. No seu entender, os alunos devem ter mais autonomia nas suas decisões e nos seus processos de aprendizagem. Descentralização da educação para o município das Caldas Coube a Tinta Ferreira, presidente da Câmara das Caldas, a primeira intervenção na sessão de abertura. O autarca fez referência à “política de descentralização” do governo. “A lei que está em vigor transfere um conjunto de competências para os municípios e a partir do próximo ano letivo o município estará disponível para aceitar aquilo que a lei determina na área da educação”, revelou. O presidente frisou que vai receber um “conjunto de equipamentos e edifícios que não estão em boas condições” e que não vai receber à partida “meios para fazer grandes investimentos”. “Teremos apenas verba para as manutenções e para o pagamento do pessoal não docente. O levantamento das atuais condições das escolas será feito exaustivamente e o município receberá as escolas nessas situações, no entanto, tudo faremos para melhorar essas infraestruturas dentro dos recursos que temos”, disse. Tinta Ferreira adiantou que vai ser estabelecido com os agrupamentos “um programa de investimentos a médio prazo que permita gradualmente melhorar os respetivos estabelecimentos de ensino”, apesar de “não desistir de tentar que a administração central requalifique adequadamente a Escola Raul Proença, independentemente deste processo de transferência”. Aproveitando a ocasião, o autarca lembrou o papel relevante que o Agrupamento Raul Proença tem tido “no sistema educativo municipal”.

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