A viatura acabou por ser interceptada pela Guarda Civil a 9 de Janeiro de 2010 em Samora, cidade espanhola a 55 quilómetros de Miranda do Douro, tendo o etarra conhecido como “Ata” sido detido alguns meses depois, em Maio, num apartamento em Bayona (França).
Segundo a agência Efe, no julgamento, que começou esta segunda-feira na Audiência Nacional, um tribunal espanhol especial que trata de crimes contra o Estado, “Ata” confessou a sua participação na transferência das armas e outros artefactos para o fabrico de engenhos explosivos para a base logística da organização no Casal da Avarela, em Óbidos.
O ex-dirigente da ETA já foi condenado a duas penas de prisão perpétua em França, a última delas pela morte, em março de 2010, de um polícia francês, considerada a última vítima da organização terrorista basca. As autoridades francesas concordaram com a sua transferência temporária para Espanha para comparecer no julgamento.
Na sessão de segunda-feira, o procurador, nas suas conclusões provisórias, pediu a condenação do réu a 13 anos de prisão pelo crime de armazenamento e transporte de armas, munições e substâncias explosivas e inflamáveis e outro de falsificação de documentos para fins terroristas.
A ETA foi fundada em 1959, durante a ditadura de Francisco Franco, e fez uma série de atentados em Espanha e em França em nome da independência do País Basco espanhol e francês, assim como da região espanhola de Navarra. A organização terrorista renunciou à violência em 2011 e entregou em 2017 o que assegurou serem as suas últimas armas.
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