A Câmara de Óbidos através do seu Programa Re-Habitar, tal como aconteceu em anos anteriores, voltou a organizar um campo de voluntariado em Óbidos, que decorreu de 15 a 26 de agosto, onde foram reabilitadas mais quatro habitações de famílias com necessidades especiais. Durante o período em que estiveram a trabalhar, os jovens ficaram instalados no Convento de S. Miguel, nas Gaeiras.
A Autarquia assegurou este ano, segundo o vereador José Pereira “um investimento de 30 mil euros nos materiais necessários à reabilitação” das habitações, localizadas nas localidades da Areirinha, Sobral da Lagoa, Vau e na praia D’el Rey. Uma das habitações foi reabilitada com o apoio da Associação Salvador, uma vez que é pertença de uma pessoa com mobilidade reduzida.
Também as juntas de freguesia, apoiaram a iniciativa, garantindo o apoio logístico e as refeições.
Durante 11 dias, os jovens arranjaram telhados, paredes, renovaram fachadas, pintaram, fizeram tetos falsos e até criaram casas de banho, possibilitando melhores condições de habitabilidade e qualidade de vida a agregados familiares com comprovada carência económica.
“A casa que deu mais trabalho foi a de Sobral da Lagoa, porque houve vários imprevistos a nível estrutural que tivemos que corrigir e retificar”, disse, o voluntário, Pedro Frade que é de Lisboa. “Já estive como voluntário num campo em Arganil em Tondela e foi em Óbidos o campo com melhores condições e apoio”, revelou o jovem.
O vereador, recorda que desde 2016 foram recuperadas 20 habitações, numa média de cinco por cada ano, e em que as intervenções se têm repartido por todas as freguesias do concelho.
Os jovens estiveram em Óbidos pela mão da Just a Change, uma associação sem fins lucrativos que reabilita no país casas de pessoas carenciadas, “tendo como principal objetivo a luta contra a pobreza habitacional em Portugal, mobilizando todos os recursos necessários à execução de obras, nomeadamente através da mobilização de jovens voluntários”, referiu, o autarca.
José Pereira destacou a importância deste projeto que tem feito possível manter cada um dos “beneficiários nos seus espaços próprios, criar condições dignas de habitabilidade, promover laços de partilha e integração com a família e comunidade”. “Conseguimos não só reabilitar a parte física das habitações e permitir que os beneficiários tenham uma maior dignidade habitacional, mas temos aqui uma interação entre voluntários de diversas áreas dos cursos que estão a tirar, com os utentes, criando aqui uma vertente emocional”, adiantou.
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