JORNAL DAS CALDAS – Como é que se sente por ainda ser acarinhado após 23 anos de carreira?
ANDRÉ SARDET – É muito bom, porque apesar da vida de um músico ter aparentemente fases menos visíveis e outras mais, sinto que numa fase onde não estou tão visível por estar dedicado a compor e a gravar, apesar disso as pessoas têm saudades de me ver e têm uma recordação positiva de todo o trabalho que tenho feito até agora.
JC – O que anda a fazer?
AS – Estou a preparar a comemoração dos 25 anos de carreira. Vou no final do verão lançar o single novo, que antecede o álbum no início do próximo ano. O single chama-se “Ponto de partida”, tal como o álbum.
JC – É o regresso às origens? As pessoas recordam muito o “Azul do Céu” ou o “Foi Feitiço”…
AS – Isso são clássicos que nunca saíram dos alinhamentos dos concertos. Continuo a tocá-los, com novas roupagens.
JC – Quase 25 anos depois reinventa-se ou a sonoridade é a mesma? Como é que faz a adaptação aos tempos atuais?
AS – Eu tento rodear-me de pessoas novas, com muito talento, que têm novas ideias e que podem ser casadas com a minha identidade musical e eu acho que isso é muito importante e acabo por conseguir ir atualizando sem deixar perder caraterísticas intrínsecas e que me definem como músico e como autor.
JC – Caldas da Rainha não é uma cidade desconhecida para si…
AS – Não, eu já toquei cá.
JC – O que lhe pareceu a Feira dos Frutos?
AS – Está muito bem organizada, comentei até que está muito limpa. Fico muito feliz por ser um eco evento e por haver hábitos que estão a mudar na sociedade, nomeadamente no que diz respeito ao ambiente. Eu fiz a primeira ecotour em Portugal em 2008 e onze anos depois felizmente estamos a respeitar de forma quase consensual a ideia de que temos que mudar os nossos hábitos para ter um mundo sustentável.
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