Tudo começou quando tinha 17 anos e se mudou para Manchester, em Inglaterra, onde tirou o curso de barbeiro e cabeleireiro na Michael John Hair Academy. Com o passar dos anos especializou-se no tratamento da queda de cabelo/calvície e decidiu aprofundar os seus conhecimentos na aplicação de próteses capilares, que proporcionam resultados comprovados de elevada qualidade e efeito estético, dando assim “um contributo pessoal para a melhoria da autoestima e do visual de quem procura solução para este problema”.
Além disso, confessou que “nunca quis ter um trabalho ‘normal’, de secretária pois via-me a fazer algo um pouco mais prático e dinâmico, e então decidi experimentar cortar cabelo e gostei bastante do resultado final”.
Flávio, que já trabalhava nesta área, também descobriu “a solução das próteses capilares” porque considera que o seu cabelo estava muito fino. “Usei de tudo o que existia no mercado na altura para a queda de cabelo e nada funcionava. O transplante capilar também era para ser uma opção mas depois descobri que os resultados de densidade de cabelo nunca iriam ser os que eu desejava até que um dia deparei-me com alguns casos de mulheres, que estavam a ficar sem cabelo e usavam um tipo de prótese capilar”, contou o jovem barbeiro, que não descansou até procurar algo relativamente parecido, que funcionasse da mesma maneira com os homens.
“A queda de cabelo pode ser algo devastador para alguns, especialmente jovens adultos que estejam a formar a sua personalidade”, adiantou Flávio.
Na altura ainda não havia muita informação sobre esta solução, mas mesmo assim o caldense decidiu “arriscar e experimentar, e o resultado foi fantástico”. A partir de então, o jovem começou a aprender por si mesmo como utilizar a prótese e a estudar a fundo este tema, até que percebeu que “esta seria então a solução revolucionária para a queda de cabelo que a maior parte das pessoas procurava”.
“O cabelo tem um peso enorme na autoestima de cada pessoa, seja homem ou mulher, e pode mudar significativamente a maneira da pessoa agir e a maneira como se vê a si própria”, referiu, adiantando que “as próteses capilares são uma das soluções mais versáteis para os problemas relacionados com a queda de cabelo na atualidade”. Esta solução, segundo o jovem, tem “efeito imediato, resultado prolongado e custo mais acessível”, comparativamente ao transplante capilar cirúrgico.
No seu entender, “as próteses são uma das melhores alternativas para a perda de cabelo definitiva ou de médio/longo prazo”, contando assim com modelos que oferecem efeitos estéticos “bastante naturais e sem qualquer tipo de restrições na sua vida pessoal”, pois a aderência dos adesivos utilizados (testados dermatologicamente e usados para este propósito) são “muito resistentes e permitem fazer qualquer tipo de atividade”. Igualmente podem ser utilizadas por mulheres e homens que estão a sofrer de doenças oncológicas.
O processo começa com uma consulta para analisar primeiro as caraterísticas do cabelo do cliente, e numa segunda marcação, Flávio aplica, demorando, no máximo, três horas.
As próteses podem durar entre os dois e os doze meses, “dependendo do utilizador e da sua manutenção”. No que diz respeito à manutenção, “é fácil e é algo que vamos encaixando na rotina”. O utilizador só precisa retirar a prótese, trocar os adesivos, lavar o cabelo, voltar a colocar os adesivos e colocar na cabeça. Isto pode ser feito semanalmente, de duas em duas semanas ou de três em três.
O preço das próteses capilares varia entre os 150 e os 500 euros. Depende do tamanho do cabelo pretendido e o tipo de prótese, pois “cada caso é um caso”. A este valor acresce sempre o custo do serviço.
Neste momento, Flávio conta que já fez “centenas de carecas felizes” com o seu trabalho. Além de ser “muito gratificante e compensador, não há nada que pague ver o brilho nos olhos das pessoas quando se vêm outra vez com cabelo, porque na verdade, não é só cabelo, é a autoestima, confiança, a maneira como a pessoa se sente e age diariamente”.
Para divulgar o seu trabalho e mostrar que “mesmo pessoas mais novas podem usar se estiverem a ficar com falta de cabelo”, o caldense publica regularmente o seu trabalho nas redes sociais. “No fim de contas, se estivermos a ficar sem um dente ou se ficarmos sem um membro do corpo iremos substituí-lo por uma prótese e facilitar a nossa vida, portanto, com o cabelo penso que deveria ser o mesmo, mas há um estigma muito grande devido ao preconceito da utilização da peruca ou ‘capachinho’ antigamente, que era algo que ficava muito mal e o preconceito ficou” contou o jovem, que também já foi convidado a participar no programa de Cristina Ferreira, na SIC, o que lhe trouxe grande visibilidade a nível nacional.
Futuramente, Flávio Gomes pretende ter um espaço dedicado somente às próteses capilares, de modo, a “ajudar as pessoas que estejam a passar por dificuldades com a queda de cabelo, como eu estava”.
0 Comentários