Foi um dia marcante para os autarcas que, após dez anos dos tratamentos no Hospital Termal das Caldas da Rainha estarem suspensos, testemunharam a sua reabertura.
O Hospital Termal encerrou em 2009 devido à presença da bactéria “legionella”, detetada nas canalizações da unidade, cuja reabertura ficou condicionada à realização da modernização das tubagens onde circula a água termal. Depois da Câmara ter a concessão do património termal, em dezembro de 2015, iniciou as obras na substituição das condutas e da canalização que transporta a água desde as nascentes, localizadas na Mata Rainha D. Leonor, até ao hospital, num investimento de 200 mil euros.
O Ministério da Saúde autorizou a 15 de maio a reabertura dos tratamentos no balneário novo, no qual a autarquia fez também melhoramentos.
Jorge Santos Silva, diretor clínico da unidade e vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Hidrologia Médica, garantiu que a qualidade da água termal, mineral natural, que vai ser monitorizada regularmente, está excelente.
“Esta semana foi experimental para fazer testes com o objetivo de averiguar se está tudo bem”, disse o diretor clínico, acrescentando que “é fundamental passar-se por esta fase pois existem sempre rotinas que nem sempre estão otimizadas não só em termos de pessoal mas também em termos de equipamento e seria desagradável as pessoas virem à consulta e depois o equipamento não estar a funcionar a 100%”.
Jorge Santos Silva revelou que no dia 15 de maio tiveram o “licenciamento como estabelecimento de saúde e neste momento já está no programa analítico da Direção Geral de Saúde, que é transversal a qualquer estância termal deste país”.
Adiantou que vai entregar no dia 3 de julho o relatório de abertura do Hospital Termal ao delegado de saúde das Caldas e partir do dia 8 “já poderão vir os utentes inscritos fazer os tratamentos”.
“Neste momento estão inscritas para inalações cerca de 200 pessoas de vários pontos do país que, a partir de segunda-feira vão ser consultadas para que lhes seja prescrito o tratamento e poderão iniciar de imediato as inalações”, referiu o diretor clínico da unidade, revelando que o Hospital Termal tem capacidade para fazer o tratamento a 12 ou 15 pessoas por hora durante 6 a 7 horas de funcionamento por dia.
As consultas vão ser asseguradas por um corpo clínico de dois médicos, um dos quais Jorge Santos Silva, e Luís Silva Val-Flores, com especialidade de medicina interna e competência em hidrologia médica.
Inalação nasal e/ou bucal, irrigação nasal, nebulização com água termal natural são os tratamentos disponíveis neste momento no Hospital Termal.
A consulta médica tem o preço de 37,50 euros e cada tratamento (nebulização individual, inalação nasal buco faríngeo, irrigação nasal, pulverização faríngea e aerossol) varia dependendo da época: Época baixa (4,5 euros), média (5,4 euros) e alta (6 euros).O duche filiforme múltiplo de baixa pressão tem o custo de 10,5 a 14 euros, drenagem de proetz, 13 euros, duche faríngeo filiforme, 13 euros e duche gengival, 5,5 euros.
Os tratamentos têm a comparticipação do Serviço Nacional de Saúde e ADSE, perante apresentação de credencial do médico de família. O valor da comparticipação ascende a 35% do preço, tendo como limite 95 euros por utente.
O Hospital Termal está a funcionar com seis colaboradores mais os dois médicos e um enfermeiro.
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