Ao longo da última década o The English Centre acolheu na sua escadaria os trabalhos de dezenas de artistas, nos mais variados estilos e abordagens artísticas, desde a pintura ao desenho, do design à serigrafia, passando ainda pela fotografia.
Mais uma vez a ARTZ volta reforçar o seu contributo na promoção e divulgação de diversas formas das artes plásticas, proporcionando aos mais novos o contato direto com a arte e assim estimulando a sua criatividade e espírito crítico.
Este ano apostou no talento e na imaginação das esculturas saídas do ateliê de Nuno Bettencourt, que através do ferro e a partir de formas orgânicas e geométricas, criou oito peças com suporte de parede diferentes (três peças verticais, uma horizontal e quatro máscaras).
Segundo Nuno Bettencourt, o “facto da exposição ser nas escadarias, motivou-me para apresentar estas peças, que têm dimensões diferentes”.
Com “estruturas únicas e material adquirido no concelho”, todas estão pintadas com cor preta, sem brilho, fazendo assim uma relação com a disciplina de desenho. “A ideia é não focarmos na escultura, mas sim no desenho e na sombra que a estrutura origina”, explicou o artista.
Entre as peças constam as máscaras, as quais fazem habitualmente parte do trabalho do artista, que busca na cultura popular a sua inspiração, como por exemplo, os caretos do carnaval. “Todas têm as mesmas caraterísticas, em que a própria sombra transmite outra figura, que por vezes pode parecer diabólica”, explicou Nuno Bettencourt.
Esta exposição individual foi inaugurada na passada quinta-feira, altura em que o artista licenciado em Artes Plásticas pela ESAD.CR fez uma visita guiada pelas suas esculturas, ao mesmo tempo que explicava as técnicas e as histórias por detrás das mesmas aos alunos.
Para Carlos Ribeiro, relações externas do The English Centre, “este ano a ARTZ tem uma particularidade, sendo a primeira exposição de escultura, que nós conseguimos ter aqui”. Além disso é “algo completamente diferente e monocromático” do habitual, pois procura através da iluminação contra o ferro preto das peças buscar um efeito sombreado. Esse “detalhe”, segundo Carlos Ribeiro, permite ainda abordar “outra forma de arte que Nuno Bettencourt também domina, as linhas da serigrafia”.
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