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“Peixeirada” no Mercado do Peixe

Bancadas inovadoras com showcooking e degustação

Marlene Sousa

EXCLUSIVO

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O Mercado do Peixe das Caldas da Rainha transformou-se na sexta-feira e sábado em mais do que um simples espaço comercial, pois recebeu uma mostra de cozinhas inovadoras, proporcionando aos visitantes a degustação de várias iguarias confecionadas com o peixe fresco.
Cozinha otimizada para as fases da confeção de bolinhos de bacalhau

“Peixeirada” foi o nome da iniciativa, criada por mais de 30 alunos da disciplina de Projeto III do 2º ano da Licenciatura de Design de Ambientes da Escola Superior de Artes e Design (ESAD.CR), que cozinharam ao vivo nas cozinhas experimentais que criaram para o evento.

A iniciativa foi um sucesso, atraindo dezenas de pessoas ao mercado do peixe. A experiência, que se realizou na sexta e sábado, das 11h00 às 13h00, foi bem sucedida. O número de visitantes no Mercado nestas manhãs foi bem superior ao que é habitual e deixou claro que este tipo de iniciativas é bem acolhido e desejado pela comunidade.

Também os vendedores de peixe se mostraram satisfeitos com a iniciativa, que trouxe mais vida ao mercado.

A ideia surgiu de um repto lançado pelo Município das Caldas à ESAD.CR, no âmbito de um conjunto de ações que estão a ser preparadas com vista à dinamização e reabilitação do Mercado do Peixe. O projeto pretendeu ainda otimizar a relação entre a Praça da Fruta e o Mercado do Peixe.

Joana Morais, a professora responsável pela disciplina, explicou que o projeto colocou vários desafios aos alunos, onde tinham que pensar uma “cozinha, quase fábrica adaptada, a uma única receita”. “Tinham de desenhar as cozinhas para confecionar uma única receita e, neste caso, a particularidade é que as receitas tinham de incluir peixe”, explicou a docente.

Os estudantes tiveram que construir à escala real – o que é um passo mais à frente de um protótipo – e num contexto real, fora da bolha académica, tendo em mente todas as questões que irão fazer parte da sua vida futura: os timings de construção, os orçamentos, entre outros”. “É sempre muito importante que passem por estaexperiência”, sublinhou a docente, acrescentando ainda que “por parte da própria escola há vontade desta interação e de abrir os cursos à comunidade local”.

Na cozinha de ceviche, as duas alunas fizeram uma performance coreográfica da própria apresentação. “O objetivo foi desenhar uma estrutura mais baixa que obrigasse as pessoas a ver a preparação da receita”, referiu Joana Morais.

Na banca dos tomates recheados com peixe à medida que elaboraram a receita a cozinha transformou-se numa mesa comprida com bancos para as pessoas desfrutarem da degustação de uma forma mais confortável.

Já na cozinha experimental de bolinhas de bacalhau a banca foi otimizada para todo o processo de confeção dos mesmos.

Um grupo de alunas vegan de Erasmus de Alemanha e Polónia fizeram uma abordagem diferente sem peixe, criando uma banca para a colocação de gelados feitos com fruta da praça das Caldas. A banca tinha uma vertente comestível e um outro lado de sensibilização ambiental com lixo do oceano.

Sushi com carapau foi outra das propostas, onde os alunos além da cozinha de confeção desenharam o equipamento para fazer o sushi.

Noutra cozinha inovadora com uma saia nazarena, os alunos confecionaram “fish and chips” (peixe com batatas fritas).

Um outro grupo de estudantes de Erasmus do Brasil criou uma cozinha experimental para uma receita brasileira chamada “pirão”, adaptada ao peixe local do mercado.

Também houve uma proposta vegetariana “peixinhos da horta”, onde os alunos do curso de Design de Ambientes utilizaram na sua cozinha louça tradicional de Rafael Bordalo Pinheiro.

Na entrada para o Mercado do Peixe estava uma verdadeira cozinha otimizada com um grelhador em grande escala. A proposta foi sardinha assada, servida no pão desfiada com cebola, tomate e pimento. A animar esta banca estava música popular portuguesa.

Os futuros designers de ambientes foram elogiados não só pela criatividade das cozinhas como pelo sabor e qualidade das iguarias.

Projeto de revitalização do Mercado do Peixe

Pedro Raposo, vereador responsável pelos mercados, disse que a iniciativa foi para “revitalizar” o Mercado do Peixe e “aproximá-lo da ESAD.CR”. “O trabalho feito pelos alunos poderá ter um interesse para o setor industrial ou de produção ou ainda para o próprio mercado do restaurante, portanto, há aqui uma sinergia muito própria de rentabilização do produto”, adiantou o autarca.

Segundo o vereador, as bancas são propriedade dos alunos e da ESAD.CR e a ideia é “tentar perceber de que modo é que podem ser transferíveis para algumas necessidades que o mercado possa ter, designadamente no showcooking”.

A Câmara apoiou este projeto com na compra de alguns materiais para a construção dos protótipos, no valor de cerca de dois mil euros.

O vereador anunciou que a ultimar um projeto que visa dinamizar e requalificar este espaço. Serão feitas várias intervenções ao nível do edifício, como no túnel de entrada e na fachada superior, criando ainda uma maior ligação à Praça da Fruta e a todos os espaços e edifícios envolventes (CCC e Chafariz das 5 Bicas) com um corredor pedonal.

A criação de valências e funcionalidades mais voltadas para as necessidades e conforto dos clientes será outra das preocupações.

A realização de eventos que animem o espaço faz parte da estratégia. A decoração, baseada numa estética mais contemporânea, não será descurada.

“O que estamos a preparar resulta de um levantamento de expetativas com o contributo de várias instituições, como a ESAD.CR, empresários da restauração e até de pessoas ligadas a outras áreas”, disse o vereador.

Segundo Pedro Raposo, o projeto orçamentado em cerca de 300 mil euros será apresentado em breve, estimando que esteja concluído no próximo ano.

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