“A cidade dos pássaros” é um espetáculo sobre a corrupção da democracia, sobre a sua degeneração e sobre o modo como, em nome de uma alternativa, o que se gera é uma ditadura. É um texto – cómico – sobre os populismos.
Evélpidos e Pistesteros, este com vocação de ditador, virando as costas à Atenas corrupta, fundam junto dos pássaros uma nova cidade, depois de convencerem estes das suas origens nobres – filhos da realeza, como o galo e a sua crista, a carriça real – e depois de, por assim dizer, os colonizarem, alterando os seu modo de vida ancestral pelo moderno modo de vida dos homens, centrado na produção em grande escala, nos impostos e na militarização da sociedade.
Os do Olimpo – Zeus e a pandilha – pagam agora impostos para que os fumos sacrificiais que os humanos lhes dedicam possam atravessar as alfândegas da cidade fortificada e instalada nas nuvens, assim como os humanos passam a sacrificar aos pássaros e não aos velhos deuses.
É claro que Zeus se chateia e a tentativa acaba mal, Zeus usa a sua arma de destruição massiva, o trovão e companhia: raios, granizo, ventos, tsunamis e outros.
Com encenação de Fernando Mora Ramos, tem interpretação de Alexandre Calçada, Fábio Costa, Isabel Leitão, José Carlos Faria, Carlos Borges, Mafalda Taveira, Cibele Maçãs, Venâncio Calisto, António Plácido, José Ferreira, Manuel Freire, Adélia Duarte, Vítor Duarte, Nuno Machado e o coro: Cacilda Caetano, Fernando Rodrigues, Filipe Ferreira, Luís Couto, Manuel Gil e Teresa Paula.
A entrada é livre, condicionada aos lugares disponíveis.
O espetáculo estará em cena de 3 a 6 de julho, às 21h30, no Parque D. Carlos I.
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