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Caldas da Rainha: Capital do Lixo Zero

Rui Calisto

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Este concelho poderia, se quisesse, ser a Capital do Lixo Zero em Portugal. A Câmara Municipal deveria elaborar um projeto para melhorar o desempenho na recuperação de resíduos, instituindo um programa que viesse a “incentivar a sociedade civil, a iniciativa privada e o poder público a reduzirem a produção de lixo e a valorizarem os resíduos sólidos urbanos reintroduzindo-os na cadeia produtiva”.

O lixo produzido por cada habitante das Caldas da Rainha é responsabilidade desse mesmo indivíduo. A separação caseira é o primeiro passo para um eficaz resultado, para isso convém apartar o resíduo do orgânico, este, baseia-se em restos de alimentos e de possíveis podas; além disso temos o reciclável seco, onde estão incluídos o plástico, o metal, o vidro e o papel; sobra ainda o lixo sanitário e uma série de outras classes que, infelizmente, não possuem esfera de reciclagem.

O lixo orgânico é de origem vegetal ou animal, produzido em escolas, empresas e residências, e necessita de um tratamento cuidadoso, devido às consequências para o ser humano, pois em todo o seu processo de decomposição é produzido o chorume, este, pode provocar a contaminação do solo e, como sequela, afetar as águas. Nas Caldas da Rainha o problema é maior devido à existência de grandes veios de água termal no seu subsolo.

O lixo orgânico deve ser depositado em aterros sanitários, seguindo todas as normas de saneamento básico e tratamento de lixo. A população também pode contribuir para o tratamento deste lixo, favorecendo a coleta seletiva do lixo e da reciclagem.

O lixo orgânico é fonte segura de gás metano, logo poderia ser utilizado para a produção de energia, o biogás. Outra possibilidade é a de transformá-lo em adubo, através do processo de compostagem.

Um aparte: No Parque D. Carlos I, durante a Feira do Cavalo, toda a área dedicada à compostagem (onde existiu em tempos a Orbitur) estava maldosamente transformada em estacionamento, prejudicando, assim, o trabalho que ali estava a ser desenvolvido, a decomposição de materiais orgânicos por organismos heterótrofos aeróbios, com a finalidade de obter, no menor tempo possível, um material estável, rico em substâncias húmicas e nutrientes minerais formando assim um solo humífero.

Voltando um pouco ao passado, refiro que, na reunião da Assembleia Municipal das Caldas da Rainha, de 25 de setembro de 2001 (há quase 18 anos), o, então, presidente da Câmara, Dr. Fernando Costa, confirmou que ficara acordado que o antigo Parque de Campismo da Orbitur fosse transformado em parque de merendas e outras atividades. Lançou no entanto a ideia que todo aquele espaço pudesse servir simultaneamente de um parque de esculturas e que fizesse a interligação do Museu Malhôa, Museu de Cerâmica e com os Museus Barata Feyo, António Duarte e João Fragoso.

Como se pode ver, pelo que lá está, nada foi feito. E, atualmente, nem um simples plano de compostagem é respeitado.

Caldas da Rainha pode elaborar um projeto e implementar um programa para melhorar o desempenho na recuperação de resíduos? Sim, pode. Resta saber se a classe política o quer, e se o restante da população está disponível para o realizar.

Os ganhos financeiros para o município, para a saúde de cada munícipe, para o ambiente, para a redução na emissão de carbono, etc. serão imensos, porém, é necessário reeducar para estruturar, visando com isso desenvolver as economias circular, criativa, colaborativa e solidária.

Elaborar um projeto para melhorar o desempenho na recuperação de resíduos será o primeiro passo para transformar Caldas da Rainha na Capital do Lixo Zero de Portugal. Haja vontade de todos!

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