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Ministra da Saúde quer estudo sobre perfil de novo hospital no Oeste

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A ministra da Saúde disse que o “primeiro passo” para a concretização do novo Hospital Central do Oeste é fazer um “estudo sobre o seu perfil”. Marta Temido, que participou no sábado na sessão de abertura do Fórum Saúde promovido pela Câmara Municipal do Bombarral, respondia à imprensa sobre o mais importante investimento na área da saúde que a região anseia há vários anos.
Marta Temido participou na sessão de abertura do Fórum Saúde promovido pela Câmara Municipal do Bombarral

Sem fazer promessa da “obra feita”, a governante adiantou que “neste momento precisamos de trabalhar na definição exata do perfil do novo hospital, e no investimento”. Alerta para a necessidade de “fazer esse trabalho depressa porque estamos num quadro de algumas possibilidades de canalizar investimentos comunitários e não queremos ser apanhados com a possibilidade de captar a verba e não ter estudos feitos sobre a sua fundamentação e definição”.

A ministra da Saúde diz que o estudo tem que se basear em critérios como as necessidades da população, acessibilidades, número de pessoas que irá servir, carteira de serviços, especialidades, programação de valências e custos. O documento terá que apresentar razões técnicas para a construção do novo hospital.

A ministra da Saúde aceitou o convite da edilidade bombarralense para participar na primeira edição do Fórum Saúde. Marta Temido chegou à cerimónia, pelas 9h30 no Largo da Igreja, onde uma tenda foi montada propositadamente para a realização do evento e que teve como tema central, ao longo de três dias, a “Saúde Para Todos/as”.

Governo abriu concurso para colocar 18 médicos no CHO

Depois de uma visita às entidades e expositores presentes no fórum, a governante proferiu umas palavras revelando que no dia 17 de maio o Governo abriu concurso para contratar 18 médicos para o Centro Hospitalar do Oeste (CHO). “O CHO terá que ter um grande esforço de intervenção da nossa parte nos próximos tempos, na medida em que precisa de ser repensado em reforço de instalações físicas, mas é sobretudo um projeto que precisa de ser reforçado já no imediato em termos de recursos humanos”, apontou a ministra. “Esta região é simultaneamente central porque está próximo de tudo e os profissionais tendem a ser captados pelas grandes cidades e agora temos que fazer um esforço para atrair pessoas que se queiram fixar”, adiantou, a governante.

Marta Temido reconheceu o esforço efetuado ao longo do último ano pelo ACES Oeste Norte no sentido de ultrapassar o problema da falta de médicos neste concelho, derivados da mobilidade demográfica e da aposentação de médicos. Atualmente, do total da população do concelho, 10 080 utentes já possuem o seu médico de família, ultrapassando a barreira dos 85% por cento da cobertura desejada, sublinhou a ministra da Saúde. A governante revelou ainda que também foi publicado em Diário da República mais uma vaga de um médico de medicina geral e familiar para esta zona e que agora “resta-nos atraí-lo, e captá-lo para ficar em permanência no Oeste”.

Ricardo Fernandes, presidente da Câmara Municipal do Bombarral, aproveitou a presença da ministra da Saúde para dizer que na Comunidade Intermunicipal do Oeste, “todos estão empenhados para que um hospital central no Oeste possa vir a ser uma realidade”. “Desta forma, tenho a certeza que manteremos com a senhora ministra um profundo diálogo, tal como ocorreu com o seu antecessor, com vista a encontrar a melhor solução para esta enorme necessidade”, salientou.

O autarca, sublinhou que estão todos de certa forma, “unânimes que mais que a sua localização, é importante, face à realidade do Oeste, obter respostas que levem à sua concretização”. Neste contexto, este Fórum não podia deixar de ter um debate dedicado à temática do novo Hospital do Oeste”, salientou Ricardo Fernandes.

Debate sobre o novo Hospital do Oeste

Especialistas defendem fundamentos técnicos para novo hospital

Depois da inauguração do Fórum Saúde no Bombarral, decorreu um debate sobre o futuro Hospital do Oeste. Contudo, a responsável do Ministério da Saúde não participou na iniciativa que contou com as intervenções de Miguel Carpinteiro (vogal-executivo do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Setúbal), Nelson Baltazar (assessor do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte) e Ricardo Fernandes, presidente da Câmara Municipal do Bombarral.

Miguel Carpinteiro disse que o CHO composto pelas unidades hospitalares de Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras, tem uma média de 426 doentes por dia distribuídos por duas urgências de média dimensão, o que é “um peso muito grande para os profissionais”.

Segundo este responsável, a realidade é que “temos uma região com uma área de influência de quase 300 mil habitantes e o CHO tem 320 camas”, situação que considerou ser um “enclave com duas grandes manchas em termos hospitalares no Oeste”. “É uma zona regional única e que deverá ter uma resposta hospitalar mais centralizada e concentrada”, apontou Miguel Carpinteiro.

Segundo o vogal-executivo do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Setúbal, o CHO garante a melhor resposta possível, mas “temos que ver a realidade que tem infraestruturas antigas com constrangimentos nas circulações, lay-out desordenado, elevados custos de manutenção, limitações em termos de eficiência energética e ineficiências organizacionais, que não tem nada haver com a realidade que é a atividade hospitalar”. “Hoje a resposta poderia ter um conjunto de sinergias se fosse num polo único”, revelou Miguel Carpinteiro.

“Para ganhar escala nesta região é crucial terem todos um enfoque mais regional e menos local”, concluiu Miguel Carpinteiro, acrescentando que, “a única forma de ganhar escala é ter uma unidade hospitalar moderna pensada de raiz que permitirá ser mais atrativa para novos médicos”.

O assessor do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte falou dos cinco hospitais no país que vão aparecer fisicamente na próxima década. O Hospital de Lisboa, que vai nascer em Chelas com 950 camas de internamento (vai substituir os cinco hospitais), o novo Hospital da Madeira, uma necessidade há 18 anos, com 550 camas de internamento. Vai ser construído ainda o Hospital Central do Alentejo com 350 camas, o Hospital do Seixal e ainda o novo Hospital de Sintra.

Nelson Baltazar espera que a construção do novo Hospital do Oeste não seja “como a linha ferroviária do Oeste” e considera importante “começar hoje, do ponto de vista político, a abraçar esta causa”. Mas para isso é preciso que “haja uma junção de várias vontades e que os principais protagonistas e líderes deste processo sejam os autarcas”. Este responsável adiantou que também é preciso “o impulso político de todos os deputados da região das diferentes cores, e assumam a consciência de que é necessário um novo hospital que está inscrito no plano regional”.

Já o presidente da Câmara Municipal do Bombarral concordou com a intervenção de Nelson Baltazar, salientando que “os intervenientes nesta luta não têm cores, que é o que se passa no OesteCim, onde estamos 12 municípios com várias cores politicas, mas imbuídos deste espírito face à necessidade tremenda que existe de ter um novo hospital no Oeste”.

O ex-vereador da Câmara das Caldas, Rui Gonçalves, que esteve na plateia, lamentou a falta da presença de elementos do OesteCIM no debate e questionou sobre quem decide a localização da suposta nova unidade hospitalar.

Perante a afirmação de Rui Gonçalves, Ricardo Fernandes explicou que a comitiva da Comunidade Intermunicipal do Oeste está ausente porque esta semana está nos Estados Unidos da América para participar, em Nova Iorque, no Congresso “Smart Cyties New York”. “Eu próprio antecipei a minha vinda dos EUA porque tinha que estar presente neste Fórum”, contou o autarca, acrescentando que “fui incumbido pelo presidente do OesteCim, Pedro Folgado, para pedir uma reunião urgente com a senhora ministra da Saúde, que fiz hoje, e que foi imediatamente aceite”.

Ricardo Fernandes frisou que, mais que “a localização, é preciso neste momento assegurar a construção do Hospital Central do Oeste”.

Uma afirmação partilhada por Miguel Carpinteiro que considera que “a localização é daqueles assuntos que eu vejo que tem que ser tratado num estado mais avançado do processo, e que pode criar constrangimentos que prejudiquem o avanço da ideia”.

JORNAL DAS CALDAS questiona ministra da Saúde sobre investimentos no CHO

O JORNAL DAS CALDAS, questionou o gabinete da ministra da Saúde, Marta Temido, sobre a transferência para o Centro Hospitalar do Oeste – CHO, dos 24 milhões de euros que estão em falta e que resultam da passagem recente deste centro hospitalar para Entidade Pública Empresarial (EPE).

O CHO passou para EPE, mas o capital social de 7 milhões que lhe foi atribuído não é o “suficiente para os investimentos que o Centro Hospitalar necessita e o ano passado essa verba ficou cativa, podendo ser utilizado só para pagar dívida”.

Numa resposta ao JORNAL DAS CALDAS, o gabinete de Marta Temido disse que “o valor de 24 milhões de euros foi apurado pelo Conselho de Administração do CHO, sendo que o valor legalmente reconhecido é o que consta do Decreto-Lei n.º 44/2018 (7 000 000 euros)”. “A revisão do valor do capital estatutário, poder vir a acontecer após a realização de uma avaliação prévia pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças, mediante proposta deste Ministério e das Finanças, dada a Tutela conjunta das EPE”, adiantou, o comunicado.

Quanto à FRO – Federação Regional do Oeste do PS querer propor ao Governo a criação de um plano de ação que contemple vários investimentos, durante o próximo triénio, nas três unidades que constituem o CHO – Centro Hospitalar do Oeste, o gabinete da ministra da Saúde respondeu que “não existe, atualmente, qualquer processo de investimento do CHO, a aguardar autorização do Ministério da Saúde”.

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