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Balneário Novo abriu portas nas comemorações do Dia do Município

Mariana Martinho / Diana Dias

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Após um investimento de 700 mil euros por parte do município, nas canalizações e captações das águas termais, o Balneário Novo do Hospital Termal reabriu as portas na passada quarta-feira, no Dia da Cidade, data essa em que tradicionalmente o hospital abria para os tratamentos. O balneário foi o primeiro de um conjunto de intervenções em curso na cidade, que terão o custo global de cerca de 4,5 milhões de euros, entre verbas a suportar pela autarquia e comparticipações comunitárias, que foram visitados pela comitiva.

Depois de o hospital ter interrompido o seu funcionamento em 2009 devido à presença da bactéria legionella nas canalizações da unidade, o Ministério da Saúde autorizou no passado dia 14 de maio, a reabertura dos tratamentos termais no edifício, que foi alvo de uma modernização. Essa autorização, segundo o presidente da Câmara Municipal, Tinta Ferreira era “o passo que faltava para retomar as inalações no balneário novo”. Além das tubagens foi também recuperada a “fachada, o telhado e o todo o interior do edifico”, explicou o autarca, durante a inauguração do espaço, após a habitual homenagem à Rainha D. Leonor.

Desta vez gerido pela autarquia e “não pela Administração Central”, o balneário novo nesta primeira fase “arrancará com os tratamentos do foro respiratório”, enquanto a autarquia se prepara para “avançar para a segunda fase”. Essa intervenção permitirá depois, dotar a ala sul do hospital, bem como o rés do chão do Balneário Novo com uma área para tratamentos de duches e de banheiras e ainda uma piscina termal.

“Não é possível fazer tudo de uma vez, mas nessa altura, toda a atividade termal nos edifícios estará em pleno”, sublinhou o autarca, adiantando que também será lançado um concurso para um projeto, que permitirá a reabilitação do exterior e do interior do Hospital Termal.

Em vias de conclusão também está o concurso para reabilitar a Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, e a transformação dos míticos Pavilhões do Parque num hotel de 5 estrelas e só “assim, todo este património ficará totalmente e devidamente requalificado”.

Com a reabertura do Balneário Novo, “os interessados em fazer inalações já podem começar a inscrever-se”, esclareceu o edil, estimando que na primeira quinzena de junho já possam ser feitas inalações no espaço.

Neste momento, o funcionamento da estância no que toca ao tratamento de doenças do aparelho respiratório tem as seguintes terapias: Irrigação nasal, pulverização faríngea, nebulização, aerossol (termal/sónico), duche gengival, duche filiforme (Sinusite/ bronquite), drenagem de Proetz, duche faríngeo filiforme, insuflação tubo – timpânica, reumáticas e musculosqueléticas, mas também serviços de bem-estar.

Para o tratamento das doenças reumáticas e musculosqueléticas haverá piscina de recuperação; piscina com hidromassagem; banho de imersão simples; banho de imersão com hidromassagem; com subaquático; banho imersão com bolha de ar; vapor parcial (membros superiores e pés; coluna); duches regionais/gerais (jato; cachão; com massagem); corredor de marcha; duche circular; hidropressoterapia; bertholaix; pedidaix; lamas; massagem terapêutica (Geral/ localizada) e drenagem linfática manual.

De acordo com o regulamento haverá ainda serviços de bem-estar termal ministrados com e sem recurso à água mineral natural, ligados à estética, beleza e relaxamento. Todos estes tratamentos, que serão prescritos por uma equipa liderada pelo diretor clínico Jorge Santos Silva, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Hidrologia Médica, já estão disponíveis para marcação desde a passada segunda-feira.

O Balneário Novo, que funciona de segunda-feira a sexta-feira das 09h00 às 12h30 e das 16h00 às 20h00 e sábado das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, vai receber a reunião do PROVERE- Programa de Valorização Económica de Recursos Endógeno, no próximo dia 30.

Após a cerimónia de reabertura do Balneário Novo, a comitiva seguiu para um conjunto de “obras importantes e com investimento municipal, que irão beneficiar todo o município”.

Nova unidade de saúde deverá estar concluída dentro de um ano

Entre as “visitas de trabalho” apresentadas para assinalar o dia da cidade constou a passagem pela nova unidade de saúde, que ficará situada na União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, mais especificamente junto à Avenida João Fragoso. Esta obra, que terá um investimento de 1,6 milhões de euros e que deverá estar concluída dentro de um ano, pretende servir 15.200 utentes das duas freguesias da cidade.

Da autoria do arquiteto Pedro Mendonça, o projeto contemplará 11 gabinetes de consulta, três de enfermagem, dois de tratamentos, nove de trabalho, um de saúde oral e uma sala de movimento, divididos pelos dois pisos. Visa ainda, a melhoria do funcionamento do atual Centro de Saúde, que mais tarde será transferido para as novas instalações.

Com obras em curso, a “nova unidade irá prestar um melhor serviço à população caldense, no que diz respeito às condições físicas e técnicas”.

Tinta Ferreira também justificou a escolha da localização com o facto de o terreno ter sido “cedido, na sequência de um projeto de urbanização, especificamente para esse fim”. Contudo, acrescentou, a rede de transportes urbanos “será adaptada para que aquela zona seja melhor servida” de autocarros.

Presente também esteve a diretora do ACES Oeste Norte, Ana Pisco, que sublinhou que “este é um projeto de dimensão necessária para uma unidade que presta serviços de saúde”, e que “permitirá reorganizar o atual Centro de Saúde”.

Construção do novo teatro terá o custo de 2 milhões de euros

A visita passou ainda pela nova sede da companhia Teatro da Rainha, que terá um investimento de dois milhões de euros e um prazo de execução de 18 meses.

Há 15 anos que a companhia lutava para ter uma sede. A ocupar instalações da Escola de Turismo e Hotelaria, agora o teatro terá “um edifício exclusivo”.

De autoria do arquiteto Nuno Lopes, o projeto está alicerçado na versatilidade física e acústica do espaço, que faz dele um “pequeno laboratório de criação”, na encenação das peças e na mudança da relação ente atores e espetadores. Além disso será também ao nível do ensino, “uma extensão da Escola Técnica e Empresarial do Oeste” através de uma parceria entre ambas as instituições.

O edifício, que será construído na Praça da Universidade, também terá uma dupla valência: interligar a cidade e reorganizar o espaço. Contemplará ainda múltiplos palcos interiores, uma sala de ensaios e um auditório ao ar livre.

Este projeto de construção de uma sede para a companhia residente, não teve aprovada qualquer comparticipação comunitária, sendo o investimento assegurado integralmente pela autarquia. Esta intervenção, que ainda “vai ser desenvolvida”, irá “valorizar Santo Onofre e a marca caldense como cidade de cultura”, sublinhou Tinta Ferreira.

Com este novo teatro, a companhia coloca um ponto final nos “35 anos de condições de trabalho relativamente precárias”, sublinhou o diretor e encenador do Teatro da Rainha, Fernando Mora Ramos, adiantando ainda que “não vai haver nada semelhante [a este teatro] no país”, tornando-o assim num “teatro contemporâneo”.

Centro da Juventude “deverá estar concluído para agosto”

O Centro da Juventude, que está a ser requalificado desde fevereiro, também foi alvo de uma visita, por parte da comitiva. Este edifício, que resulta da recuperação de um antigo matadouro, foi inaugurado em 2004. Mas com “o passar dos anos, não se conservou tão bem como nós desejaríamos”, e por isso, “sentimos necessidade de fazer uma reabilitação, dando-lhe novas funcionalidades, de modo a voltar a ser atrativo para a juventude caldense”, referiu o autarca.

Esta obra, orçada em 512 mil euros conta com “uma comparticipação de fundos comunitários no valor de 250 mil euros”, uma vez que a zona do bar e da cozinha são “considerados ilegíveis”. Além disso, Tinta Ferreira explicou que o orçamento também “não incluiu a aquisição do equipamento, o que significa que o município tem de desenvolver um processo de adjudicação para ele”.

Nesse sentido, as obras concentram-se, “50% na arquitetura e 50% nas infraestruturas”, que apresentavam “patologias graves”.

Da requalificação consta ainda a alteração do estúdio de gravação de áudio e de vídeo, que será “transitado para as costas do auditório”, permitindo assim a criação de uma sala de espetáculos, com a possibilidade de efetuar gravações ao vivo.

O diretor do Centro da Juventude, Rogério Rebelo também explicou que o bar sofrerá “algumas alterações”, o que permitirá a criação de uma zona para o armazenamento de produtos, um vestuário e casas de banho. Na zona em frente está previsto ser instalado um palco, que servirá para as atuações das bandas.

Casa Amarela será a “porta de entrada” do Centro de Artes

O rol de obras apresentadas no feriado municipal terminou na casa amarela, que será “a porta de entrada e receção” do Centro de Artes. Além disso, segundo a vereadora da cultura, Maria da Conceição Pereira, encerra o “ciclo de projetos”, que englobam o complexo de museus.

A recuperação do imóvel, que está a ser levada a cabo pela empresa Construções Severo e Fialho, terá um custo total de 312 mil euros, e permitirá, que o edifício tenha “um novo corpo completamente diferente do atual, em termos de linguagem arquitetónica”. Com um prazo de execução de dez meses, a reabilitação prevê que na parte de baixo do espaço funcione a receção, a bilheteira e os serviços normais de lazer. Nos dois pisos superiores prevê-se a instalação de pequenos núcleos de exposição.

Este espaço, segundo o diretor do Centro de Artes, José Antunes, terá o “papel estratégico de permitir-nos gerir os fluxos de entrada, bem como a segurança de videovigilância de todo o complexo”.

Além disso pressupõe-se a possibilidade de existir uma entrada do parque D.Carlos I, “muito próxima da casa amarela”, de modo a favorecer o fluxo de transeuntes, que passam por esta zona, caso a Direção-Geral do Património Cultural aprovar o plano de gestão.

Para Tinta Ferreira, “esta obra vai consolidar e reorganizar a funcionalidade do Centro de Artes”, criando assim um “corredor criativo nas Caldas da Rainha”. Corredor esse, que segundo o autarca, “vem da Escola de Artes e Design das Caldas da Rainha até ao CCC”, e que contribuirá para “a afirmação cultural da cidade e para a sua consolidação de terra de artes”.

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