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Greve climática estudantil marcada para 24 de maio nas Caldas da Rainha

Marlene Sousa

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Um grupo de 20 estudantes está a preparar uma greve às aulas no dia 24 de maio, nas Caldas da Rainha com concentração na Praça de Touros, para se juntarem ao movimento mundial e nacional “greve pelo clima” e para lutar pelo futuro do planeta.
Bernardo Lopes, Andreia Galvão e Josefine Winkler estão a organizar a marcha em Caldas da Rainha contra as alterações climáticas.

No passado dia 15 de março, recorde-se, num movimento mundial inspirado na adolescente sueca Greta Thunberg, centenas de estudantes portugueses faltaram às aulas e manifestaram-se em Lisboa, Porto e Coimbra, veiculando uma mensagem de descontentamento para com as classes políticas que “varrem a crise climática para debaixo do tapete”.

Para os jovens do Oeste, nomeadamente os mais novos que não têm a possibilidade de deslocar-se a Lisboa, o grupo quer mobilizar o protesto para as Caldas da Rainha. Já avisaram o Município e a PSP para poderem intervir e interromper o trânsito durante a marcha.

A concentração está marcada para as 10h30 em frente à Praça de Touros e depois haverá uma marcha que passará pelo CCC até à Praça da Fruta, passando pela Rua das Montras até à Avenida 1º de maio seguindo depois para a Rotunda da Estação Ferroviária e depois para a Praça 25 de Abril. O protesto terminará em frente à Câmara Municipal das Caldas, onde os estudantes esperam ser recebidos pelo presidente da Autarquia e vereadores.

A iniciativa insere-se no movimento internacional de jovens que protestam pelo clima (#SchoolStrike4Climate e #FridaysForFuture,) e pretende chamar a atenção, não só ao Governo, mas também ao Município das Caldas, concelhos vizinhos e instituições locais para os problemas relacionados com as alterações climáticas.

O repto está a ser lançado através de um grupo no Whatsapp e Instagram os jovens esperam intervir, mais de 300 estudantes da região Oeste a pegar em cartazes e alertar os políticos e população para a necessidade de olharem com atenção para a problemática das alterações climáticas.

“Para salvar o planeta, as faltas às aulas são mais do que justificadas”

Três jovens da Associação de Estudantes da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, Andreia Galvão, Josefine Winkler e Bernardo Lopes, que participaram na marcha em Lisboa a 15 de março, são os porta-vozes do grupo que está a organizar a manifestação nas Caldas. Referiram que a ativista sueca Greta Thunberg foi uma inspiração e agora pretendem convencer o “máximo de colegas a juntarem-se à greve nas Caldas da Rainha”.

Além do apelo nas redes sociais vão iniciar, a 24 de abril várias ações na cidade e nas escolas para conseguir sensibilizar os jovens a aderirem à greve.

A primeira iniciativa será na quarta-feira, 24 de abril, uma palestra dinamizada pelo movimento Climáximo às Escolas Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, Raul Proença e D. João II.

Depois durante o final de abril e em maio até ao dia da greve estes jovens irão fazer outras ações de rua a nível artístico como happenings, teatro, poemas, entre outros. “O objetivo é surpreender, chocar e sensibilizar as pessoas para se juntarem a nós”, disse, Andreia Galvão de 19 anos.

Os estudantes escreveram um comunicado a apresentar o movimento e a explicar o que vão fazer a 24 de maio que estão a enviar para as escolas e associações de pais para que apoiem a marcha.

A 29 de abril, estes jovens vão à Assembleia Municipal explicar aos autarcas as suas ações e falar sobre a greve climática estudantil que vai decorrer nas Caldas.

“O que nós queremos é motivar os jovens estudantes das Caldas, Óbidos, Cadaval, Bombarral, Alcobaça, entre outros concelhos da região Oeste mas também os representantes ligados a instituições ambientais locais, adultos, pais, avós a juntarem-se a nós pelo clima e ambiente, um problema que é tão óbvio e ninguém o trata como se fosse real”, adiantou a jovem.

Josefine Winkler explicou que decidiram manifestar-se nas Caldas porque verificaram que “a 15 de março poucos jovens desta região foram para Lisboa, uma vez que é mais difícil por causa do transporte ou porque os pais não deram permissão”, mas também porque “este concelho precisa de acordar e agir a favor do clima”.

“Não queremos que os pais e professores pensem que queremos simplesmente faltar às aulas”, sublinhou, a jovem que tem 18 anos, adiantando que o que pretendem “é criar uma marca forte nas Caldas a favor do ambiente e contribuir para uma mudança tão urgente”.

Segundo, Andreia Galvão nas Caldas da Rainha os problemas ambientais são “vistos maioritariamente pelas ações individuais, como por exemplo fazer a reciclagem ou utilizar uma escova de dentes de bambu, mas há que chamar atenção que também é um problema coletivo, como o lixo nas ruas e na central onde a reciclagem não é 100% feita”. “As entidades políticas têm que fazer mais para salvar a terra e tem que ser os cidadãos a exigir essa mudança”, adiantou, a jovem.

Bernardo Lopes recordou a primeira greve a que participou em Lisboa e que marcharam juntos até à Assembleia da República, considerando extremamente importante que, “através da participação ativa dos alunos, se promova uma mudança a nível dos políticos”. Quanto aos alunos faltarem às aulas no dia 24, explica, “é mais que “justificada””.

“Não queremos com esta ação, desvalorizar a educação, mas não é por faltar um dia de aulas que vai prejudicar o aluno”, salientou, Andreia Galvão.

Recorde-se que na Escola D. João II os alunos do 5º ao 9º ano juntaram-se a 15 de março numa ação de sensibilização pela defesa do planeta. Não fizeram greve, mas mais de 300 estudantes decidiram fazer a diferença e saíram para o exterior da escola numa ação sobre as alterações climáticas. A iniciativa foi despoletada por Isabel Vidigal, de 12 anos e estudante no 7º ano e envolveu colegas, professores e a direção da escola.

Segundo Josefine Winkler, já receberam tanto de Isabel Vidigal como de algumas colegas da turma, a confirmação que “vão participar na manifestação das Caldas”.

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