A reunião, que contou com a presença de 37 sócios, iniciou-se com um minuto de silêncio pelo antigo jogador do clube, João Zeferino Carreira, que faleceu recentemente. Em seguida, coube ao presidente do CSC, Jorge Reis apresentar o balanço do ano fiscal, relativamente à época 2017/ 2018 e onde o “clube transmitiu uma imagem mais elitista da situação económica e financeira”.
No relatório, segundo o responsável pelo clube, consta que os acordos com a Segurança Social e Finanças estão sanados, apesar de existir ainda uma dívida de 20.729,13€ às Finanças, sendo que parte diz respeito a uma parcela do Totonegócio (15.683,05€), que se encontra pendente a sua regularização. Em relação a isso, Jorge Reis explicou que “o CSC não pode liquidar mesmo se quisesse porque o processo encontra-se em contencioso”.
Além disso, o relatório indica que existe apenas um fornecedor com dívidas por regularizar, que totaliza 199,92€. No que concerne aos diferimentos, o seu montante é de 38.500€ e prende-se particularmente, com o contrato de cedência do posto de combustíveis. Outras contas a pagar representam 25,3% do passivo, e inclui o saldo de 15.060,74€ aos Serviços Municipalizados das Caldas da Rainha.
Na demostração de resultados, os fornecimentos e serviços externos mostram-se superiores às vendas e às prestações de serviços do clube. Em relação aos gastos com o pessoal, o relatório indica que representam cerca de 16,68% das receitas no futebol, que por sua vez, aumentaram 172,11% face à época anterior. Igualmente a bilheteira de jogos aumentou, tendo um peso de 48, 26% do total das prestações de serviços.
No caso dos subsídios provenientes da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, que representaram 47, 08%, também se registou um aumento de 73,64% assim como os donativos no valor 292, 24%. Já os peditórios registaram uma diminuição de 20, 77%, relativamente à época anterior. Face a isso, Jorge Reis referiu que o “CSC na época em análise apresenta um resultado liquido positivo de 218. 210, 36 €”.
No que diz respeito às instalações desportivas, o presidente do CSC referiu que o “clube continua assumir o custo de toda a sua atividade desportiva no Campo da Quinta da Boneca, na Mata e no Grupo Desportivo Gaeirense”. Aproveitou ainda para enaltecer o “trabalho de qualidade que tem sido desenvolvido no setor do futebol juvenil, pois tem permitido manter o elevado número de atletas em atividade”.
Igualmente destacou a brilhante campanha e prestação dos atletas durante a participação do clube na Taça de Portugal.
Em relação as discrepância de verbas mencionadas pelo parecer fiscal lido durante a assembleia, o responsável pelo clube esclareceu que “não existe nenhuma discrepância de valores mas sim apenas uma questão técnica, que envolve as despesas pagas a atletas, que por sua vez, só serão apresentadas no próximo exercício”.
Relativamente ao orçamento do clube previsto para época 2018/ 2019 e que também foi aprovado pela maioria, o presidente do clube pediu mais uma vez “desculpa pela apresentação desfasada do tempo, que deveria ter ocorrido dentro dos prazos estabelecidos”.
No entanto, o orçamento prevê que a despesa com honorários da equipa sénior aumente para 94.750 € e 47.9 mil euros com honorários para o futebol juvenil. Há depois mais despesas com o futebol, nomeadamente taxas federativas, transportes, serviços médicos, pagamento de funcionários entre outras, o que levará o valor global a ultrapassar os 380 mil euros.
Em relação ao orçamento aprovado por unanimidade pelos associados do clube, estima-se que haja um resultado positivo de 1737, 76 euros.
No ponto dedicado a outros assuntos de interesse para o funcionamento do clube foi abordado o assunto da sede, que segundo a direção do clube, “neste momento encontra-se em negociações com a autarquia para a retirada do amoníaco”. Também um representante do Setor 1916 referiu que nos últimos jogos, a claque decidiu virar a faixa ao contrário como forma de protesto à reação do clube, relativamente às divergências ocorridas durante o jogo contra Os Oleiros.
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