Educadora de infância, sempre gostou muito de ler e escrever e contou que “um dia, estava eu no parque da minha escola, quando um menino da minha sala, que tinha três anos, veio ter comigo um pouco assustado porque estava uma aranha no escorrega. Eu, para desdramatizar a situação, disse-lhe assim: “Oh! Coitadinha da aranha, ela deve ter estado a dar comida aos seus filhotes e depois conseguiu pô-los a dormir e agora veio andar um pouco de escorrega para se distrair. Deixa-a lá estar”.
“O Hugo esboçou um sorriso e foi andar de baloiço. E eu fiquei a pensar naquela ideia de uma mãe aranha que tratava dos filhos e resolvi escrever uma história, que não é só para entreter. A história da mãe aranha transmite uma mensagem clara sobre o ser diferente e sobre aceitar essas diferenças. O objetivo da minha história é transmitir às crianças, e aos leitores em geral, que ser diferente não tem grande importância, o mais importante é o que sentimos no coração, pois cada vez mais as crianças chegam à escola vindas de diferentes contextos familiares e penso que uma história como esta poderá ser uma boa ferramenta para os professores poderem abordar e trabalhar as diferenças, a aceitação e a inclusão. Por este motivo é uma história indicada para crianças do 1º ciclo, entre os 6 e os 9 anos”, relatou.
“Mãe Estranha, Mãe Aranha” conta a história de uma lagarta chamada Julieta que, ao ir para a escola, descobre que afinal não é uma aranha como sempre acreditara ser.
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