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Muralha do castelo de Óbidos alvo da maior intervenção do património classificado

Marlene Sousa

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A obra de reabilitação da muralha do castelo de Óbidos, que deverá ficar concluída até ao final deste ano, é a “maior intervenção já feita neste património classificado”, sublinhou a secretária de Estado da Cultura, na passada quarta-feira, durante uma visita à empreitada de requalificação das muralhas e do adarve do castelo de Óbidos, um investimento de cerca de um milhão de euros.
Visita da secretária de Estado da Cultura às obras da muralha

Ângela Ferreira, que falou com os jornalistas no final da visita, aludiu à “qualidade” da reabilitação que está a ser coordenada pelo município e acompanhada pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC). “Estou muito contente e descansada porque esta equipa técnica é muito conhecedora da importância de uma intervenção deste relevo e temos aqui o restauro do portal da Igreja de Santa Maria que tem património único, invulgar de encontrar em território nacional”, referiu a secretária de Estado.

Questionada sobre a recusa da grande maioria das câmaras do país em aceitar a transferência de competências na área do património, a governante disse que vai reunir “estes municípios que vierem a não aceitar na expectativa de que este trabalho em parceria seja contínuo, permanente e que tenha um desfecho favorável”, afirmou.

No entanto referiu que compreendeu “a dificuldade dos municípios de reduzida dimensão, perante a problemática de um orçamento muito limitado, para tomar conta de grandes monumentos nacionais”.

“O património não pode ser só do Estado, nem só das autarquias”, adiantou Ângela Ferreira, considerando a reabilitação e manutenção do património “um trabalho que deve ser feito em parceria” entre o Estado e os municípios.

A secretária de Estado da Cultura, que já não vinha a alguns anos a Óbidos, disse que notou uma “limpeza do espaço público e uma reabilitação desta área central da vila que é muito visitada pelos turistas, um património único que devemos preservar”.

O presidente da Câmara, Humberto Marques, garantiu que “não há memória de uma intervenção de fundo deste tipo” e que, por isso, só pode “encarar com otimismo” o desenrolar dos trabalhos. “Sabemos da dificuldade que foi ter conseguido financiamento para esta obra e vamos continuar nesta senda de restauro do património em todo o concelho”, indicou, dando com grande exemplo a primeira fase de recuperação do Santuário do Senhor Jesus da Pedra.

Humberto Marques revelou ainda que “já se está a olhar para o próximo Quadro Comunitário de Apoio, nomeadamente para (tentar financiamento) para a cidade romana de Eburobrittium”, entre muitos outros projetos.

“O que condicionou mais o nosso trabalho foi o grande movimento de visitantes na vila de Óbidos e o respeito pelo património que está aqui que nos fez reconsiderar algumas soluções”, disse Filipe Ferreira, diretor da obra, acrescentando que os maiores problemas detetados foram o estado dos azulejos e fissuras.

“A ideia é intervenção mínima”, sublinhou o responsável, referindo que na reabilitação do azulejo vai ser “respeitada toda a pré-existência e onde falta vidrado vamos ter que utilizar técnicas para o repor e fazer algumas réplicas”.

A requalificação da muralha e do adarve contempla a reparação de fissuras e fendas, a retirada de vegetação que provoca a desagregação de massas, a correção do piso e a colocação de sinalética para aumentar a segurança de todos os que ali circulam, nomeadamente turistas.

Está a ser feito o registo e etiquetagem de cada um dos azulejos que revestem o interior da Porta da Vila.

Na Igreja de Santa Maria, está em curso a conservação preventiva, curativa e restauro do portal. Já foi removida grande parte da vegetação arbórea, assim como da vegetação arbustiva e herbácea, da faixa de cinco metros no entorno externo de toda a muralha. Estes trabalhos expuseram os afloramentos rochosos e devolveram a perceção da imponência da construção sobre o maciço rochoso no qual se implanta esta estrutura.

A recuperação do espaço, da responsabilidade da Direção-Geral do Tesouro, proprietária daquele património, foi autorizada pela DGPC, no âmbito de uma candidatura ao Portugal 2020 de intervenções territoriais integradas, que assegura uma comparticipação de 85 por cento de fundos comunitários.

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