Os estudantes do 5º ao 9º ano, a que se juntaram os membros da direção e alguns professores, também eles sensíveis à causa, reuniram-se no pátio da escola.
“Salvem a terra”, foram alguns dos gritos dos estudantes que colocaram cartazes com palavras e letras coloridas, por um clima seguro. “Ninguém é demasiado pequeno para fazer a diferença”, foi um dos lemas da iniciativa, que foi filmada por um drone.
A ideia partiu da aluna Isabel Vidigal, de 12 anos, do 7º ano, inspirando-se nas manifestações semanais iniciadas em 2018 pela adolescente sueca Greta Thunberg. Em agosto, a jovem de 16 anos começou a faltar à escola à sexta-feira, colocando-se em frente ao parlamento sueco com um cartaz que dizia “greve da escola pelo clima”.
A iniciativa inspirou esta jovem que falou com a professora de físico-química, Maria Alexandre, que com outros alunos organizaram a ação de sensibilização.
“Não aderimos à greve, mas achei importante fazer alguma coisa que chamasse atenção para a crise ambiental e para exigir aos nossos políticos ações concretas em defesa do meio ambiente”, disse Isabel Vidigal, que quis transmitir a mensagem de que “mesmo que sejamos pequeninos podemos ter um papel importante para salvar o planeta”. “Hoje foi dado um ligeiro passo nesse sentido”, sublinhou a aluna, que teve a ajuda dos estudantes da sua turma e dos alunos que fazem parte do Parlamento Jovem.
Além desta ação de rua, os jovens organizadores da iniciativa fizeram várias apresentações nas turmas explicando o que iam fazer e sensibilizando para as alterações climáticas.
“A iniciativa foi organizada em dois dias”, disse a professora Maria Alexandre, explicando que Isabel Vidigal falou-lhe da “ideia de fazer esta ação de sensibilização na quarta-feira e quinta-feira de manhã apresentámos a proposta à turma que foi aprovada no pedagógico”. “Tivemos ainda a ajuda dos alunos que participaram no Parlamento Jovem, cujo tema este ano é SOS Oceanos”, acrescentou.
A docente sublinhou que os jovens têm a “consciência cívica, não têm é o ato e é o agir que tem que começar”, apontou.
A presidente do Conselho Geral, Fernanda Barahona, disse que apoia esta ação, considerando que “é visível a preocupação dos jovens ao nível do ambiente”.
Alunos da Escola D. João II chegarem à última fase do programa Parlamento dos Jovens
Os alunos do Agrupamento de Escolas D. João II que participaram no Parlamento dos Jovens chegaram à última fase do programa, cujo tema este ano para o ensino básico é “Alterações climáticas, Salvar os Oceanos”.
Os “deputados” caldenses Ana Madalena Rodrigues e Maria Isabel Capinha (ambas do 8.º ano) e Micael Vicente (9.º ano), do Agrupamento de Escolas D. João II, participaram, a 11 de março, na sessão distrital – Círculo de Leiria – do Parlamento dos Jovens. Esta realizou-se em Pombal, no Teatro-Cine e contou com a comparência de 28 estabelecimentos de ensino, envolvendo no total 86 alunos.
Estes estudantes foram alguns dos eleitos para representar o distrito de Leiria na terceira fase deste concurso, na Assembleia da República, a realizar-se a 6 e 7 de maio. O aluno Micael será “repórter” deste evento e poderá competir no concurso de melhor reportagem.
Segundo Maria de Lurdes Henriques, subdiretorado Agrupamento de Escolas D. João II, “estes jovens “deputados” “estão de parabéns, tendo demonstrado uma excelente capacidade de argumentação, assente numa boa preparação e reflexão sobre a temática e, pelo segundo ano consecutivo, os alunos da Escola Básica D. João II, conseguem o feito de chegarem à última fase deste programa”.
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