Saíram à rua cinco grupos, que se formam só para esta ocasião: Os Bicicletas, as Trotinetas, os Penantes da Sakanagem, as Alberquêras e as Tenantas.
Três dos grupos são só de mulheres, como é o caso das Alberquêras, que vestem o traje da Nazaré, adaptado à sua maneira.
Já apenas os homens entram nos Bicicletas, alguns dos quais percorrem as ruas da vila em cima das duas rodas, ao jeito do verdadeiro carnaval trapalhão.
Igualmente irreverentes, as Trotinetas, são uma espécie de versão feminina dos Bicicletas.
As Tenantas, o maior grupo, apresentaram-se este ano vestidas de guerreiras.
Os Penantes da Sakanagem, tal como o nome indica, são danados para a brincadeira.
O espírito folião foi um chamariz para o desfile noturno no dia 2, e para as tardes de 3 e 5 março, que vão envolver vinte carros alegóricos e 2500 foliões, e onde são esperadas mais de cem mil pessoas em cada um deles.
Na Nazaré a população vive, respira e sonha com o carnaval já desde o início do ano, o que torna esta festa uma das mais concorridas do país.
O carnaval na Nazaré não se explica, sente-se. É uma tradição tão enraizada que as celebrações começam logo no dia 1 de janeiro quando são apresentados os reis, que representam a folia.
Mónica Piló, a rainha, e Henrique Maranhão, o rei, já marchavam há anos e por isso viram reconhecido o seu esforço de alegrar os outros.
Todos os anos o carnaval da Nazaré tem um lema, que aproveita uma expressão popular da terra. “Menes c’a ninguém” é o mote de 2019 e que significa que os nazarenos não são menos importantes que as outras pessoas, são tão ou mais, num sentimento de auto-exaltação.
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