Com quase 40 anos de carreira, o jornalista conta com um vasto percurso, que se iniciou no jornal Motor e se consolidou como editor da revista Todo o Terreno. Mas a paixão pela modalidade surgiu quando acompanhou, enquanto repórter, inúmeras edições do Dakar, o que acabou por motivar as suas quinze viagens entre Lisboa, Dakar e Bissau.
Esse acumular de experiência fez com que Alexandre Correia percorresse na última viagem, durante oito semanas, mais de 17.000 km, recorrendo apenas às suas memórias.
“Hoje em dia vou a Bissau de olhos fechados, sem recorrer a mapa ou GPS, pois quem já fez a viagem sabe que o próximo cruzamento é daqui a cinco quilómetros”, explicou o jornalista, adiantando que “esta aventura não é uma missão impossível, antes pelo contrário”. E o ‘Diário de Bordo’ acaba por dizer isso, que também outras pessoas tal como eu podem fazer uma incursão por estes países africanos”.
Com o apoio da Peugeot, o editor atravessou Marrocos, Mauritânia, Senegal, Gâmbia e Guiné-Bissau.
Apesar de em todas as viagens chegar “cansado e farto”, Alexandre Correia admite que “acabo sempre por lá voltar”. Mas esta última foi “mais tranquila” e provavelmente irá repetir.
Estas memórias, reforçadas por todo o conhecimento e experiência das viagens anteriores, motivaram o editor da revista Todo o Terreno a publicar o livro, que é acompanhado de um conjunto de fotografias, também do autor.
Para o jornalista, que tem uma forte ligação à região, “este livro foi escrito pelo prazer de partilhar toda a vivência, acumulada ao longo de quinze viagens, que foram sempre um crescendo de curiosidade e de aprendizagem”.
Além de descrever toda a viagem, o jornalista também recorda os tempos do Dakar africano e como começou a aventura, que neste momento se vive no Peru.
“Não é um livro de competição, é um livro de viagens”
A apresentação do livro esteve a cargo de Manuel Romão de Sousa, que foi um dos pioneiros da primeira participação lusa no Rali Paris-Dakar, em 1982.
Segundo o responsável, “o Alexandre dedicou-se toda a vida a esta parte do todo o terreno e as inúmeras viagens que fez ao longo da costa africana permitiram-lhe uma experiência enorme para escrever este livro”. Como tal, “’Diário de Bordo’ é essencialmente um livro de viagens, com um bocadinho de aventura e de história”, que “nos indica que é muito fácil ir à Guiné de carro”.
Na sua opinião, é “algo que está ao alcance de mais pessoas do que aquelas que efetivamente metem as mãos à obra e vão”, mas “é claro que exige alguns cuidados”.
Nesse sentido referiu que “o livro do Alexandre é essencialmente um convite manual, com um conjunto de indicações que permitem planear uma viagem deste tipo”.
O livro tem um custo de 30 euros e está à venda nas lojas do Automóvel Club de Portugal, podendo ainda ser adquirido por encomenda online, enviando uma mensagem para info@revistatt.pt.
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