No entanto, este projecto visionário durou apenas 14 anos, pois os nazis decretaram o seu fim em 1933. Mas o sentido de modernidade e ruptura, o novo modo de vida que propôs e a estética depurada de que imbuiu a arquitectura, o design, a fotografia e as artes performativas, perpetuou-se. Durante este curto período, teve sucessivas instalações em Weimar, Dessau e Berlim. O período de Dessau, entre 1924 e 1930, foi o mais fecundo. Ultrapassadas as tendências expressionistas da fase de Weimar, a escola passou a ter currículos mais funcionais e racionalistas, preconizando a contínua actualização tecnológica e a normalização do desenho industrial, almejando uma permanente colaboração com a indústria e maior intervenção na sociedade. Foi também neste período que Gropius criou o Departamento de Arquitectura da Bauhaus, impulsionando assim o Movimento Moderno na arquitectura. É, enfim, deste período o projecto de Gropius, e a construção do emblemático edifício da Escola da Bauhaus (1925-26), uma aplicação seminal e magistral dos princípios da Arquitectura Moderna.
Gropius abandonou a Bauhaus em 1928, passando a dedicar-se sobretudo à teorização das questões sociais da habitação urbana. A perseguição nazi levou-o a emigrar para os EUA, onde prosseguiu a sua brilhante carreira.
Na direcção da Bauhaus seguiram-se Hannes Meyer e, no período berlinense, Ludwig Mies van der Rohe, esse outro gigante do Movimento Moderno, que cunhou a frase «em arquitectura, menos é mais». Após o fecho da Bauhaus pelos nazis em 1933, Mies van der Rohe também emigrou para os EUA, onde foi professor no Instituto Técnico do Illinois e deu um contributo determinante no desenvolvimento do Estilo Internacional.
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