No dia 10 de janeiro, a turma em questão – acompanhada pela Dra. Regina Cunha e pela Profª Sofia Rebelo – participou de uma emissão especial do Programa “Música é Revolução”.
Durante o programa, os três locutores: Estela Calisto (também aluna daquele estabelecimento escolar), Isabel Alves Pinto, e este que vos escreve, desenvolveram uma sequência de perguntas – entremeadas por diversos temas musicais – a todos os convidados.
Devo referir que, antes do fecho da porta do estúdio, e início das entrevistas, o produtor e radialista Francisco Aleixo teve a amabilidade de fazer as honras da casa, apresentando toda a estrutura e equipamentos, da Rádio Mais Oeste, ao grupo que o acompanhou, atenta e curiosamente.
Quando a luz vermelha deu indicações de que o programa havia começado, a concentração dos intervenientes foi impressionante. Catorze pessoas na mesma sala e parecia que lá estava apenas uma, tal o grau de cuidado de todos. As crianças (Clara, Estela, Henrique, Íris, Leonor, Maria Raquel, Maria Santo, Matilde, Rita, Salvador), entre os nove e os dez anos de idade, interagiram com uma espontaneidade tal que ficou a parecer que eram já muito tarimbadas no quesito entrevista.
Toda a trilha sonora do programa foi escolhida pelos pequenos convidados e, quem ouviu, pode comprovar que as crianças de hoje já não se interessam apenas pelos temas tradicionalmente conotados com aquelas idades, mas, ao contrário, estão a par e vibram com as tendências do momento.
As entrevistas constaram de temas muito atuais, falamos de livros, de cinema, de passeios, do Colégio Nossa Senhora de Fátima, de caminhos da Educação, de gostos e atividades, com cada um a explanar o que lhe ia na alma.
As vozes mirins – isso dito por quem estava fora da rádio e escutou o programa – soaram delicadas e amorosas, chegando a comover.
Acredito que a experiência tenha sido muito proveitosa, permitindo que levem consigo as memórias daquela tarde até ao fim da sua jornada no planeta.
A organização biológica, as capacidades comportamentais e a organização social de cada criança, durante e após o programa, certamente permitiram que, as mesmas, compreendessem qual o contexto cultural em que estão inseridas e quais as etapas que, no seu processo de aprendizagem, foram ultrapassadas.
A cada dia que passa, a Cultura acumulada por cada criança transforma-a num ser historicamente equilibrado, consciente e, naturalmente feliz. Só o granjear de conhecimentos, a realização de boas práticas, e o costume de executar atitudes honestas para com o meio que a rodeia, a pode tornar num ser humano de referência.
A Cultura, como um todo, cumpre uma função fundamental no modo como a criança decifra a humanidade, e o mundo, onde está inserida.
O dia 10 de janeiro foi magnífico, para todos os envolvidos, com certeza.
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