A reabertura da zona de confeção de alimentos “é uma preocupação que se pretende que seja resolvida o mais rápido possível”, disse à agência Lusa Elsa Baião, presidente do Conselho de Administração.
Encerrada a 14 de dezembro de 2017 pela “falta de condições estruturais do local, bem como a deteção de outras inconformidades”, a situação levou a que desde então as refeições, quer para os doentes quer para os profissionais, venham do exterior. Segundo Elsa Baião, apesar da comida ser fornecida por uma empresa certificada, “essa solução é um problema que compromete a qualidade das refeições” e que motivou já abaixo-assinados de utentes descontentes com a alimentação fornecida.
Após a inspeção da ASAE, o anterior conselho de administração determinou a realização de obras, numa intervenção a realizar ao abrigo de um protocolo entre o CHO e o SUCH (Serviço de Utilização Comum dos Hospitais) e com um custo estimado de 85 mil euros.
As obras, lançadas no dia 27 de dezembro de 2017, deveriam ter uma duração de 45 dias e incidir na reparação do pavimento, paredes e tetos e na substituição de alguns materiais.
A intervenção acabou, no entanto, por não ser considerada suficiente pela ASAE que, em nova fiscalização, manteve a suspensão da confeção das refeições naquele local.
Já na vigência da atual administração, em funções desde setembro do ano passado, “foi retomado o processo para a solução dos problemas e a conclusão da obra”, visando “pedir nova inspeção da ASAE e poder reabrir a cozinha no início deste ano”.
Porém, acrescentou Elsa Baião, “uma rotura na canalização voltou a atrasar todo o processo”, abrigando a que o hospital tenha agora que “adjudicar a uma empresa a obra de reparação”.
A estimativa é, ainda assim, que até ao final de fevereiro as refeições “possam ser confecionadas internamente”, concluiu Elsa Baião.
Hospitalização domiciliária
A hospitalização domiciliária na área do CHO vai ter uma capacidade até 15 camas repartidas pelas zonas de influência dos hospitais das Caldas da Rainha e de Torres Vedras, anunciou a administração.
“A capacidade será posteriormente ajustada de acordo com os meios e as necessidades”, afirmou Elsa Baião, sublinhando a necessidade de “dar a conhecer às pessoas este novo modelo de prestação de cuidados”.
Trata-se de uma alternativa ao internamento convencional que permite aos doentes internados recuperar de uma doença aguda em casa, recebendo cuidados hospitalares.
Na prática, proporciona “assistência contínua e coordenada aos cidadãos que, requerendo admissão hospitalar para internamento, cumpram um conjunto de critérios clínicos, sociais e geográficos que permitem a sua hospitalização no domicílio, sob a responsabilidade dos profissionais de saúde que constituam uma Unidade de Hospitalização Domiciliária, com a concordância do cidadão e da família”, refere o despacho que determina a estratégia de implementação de Unidades de Hospitalização Domiciliária no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O modelo que se aplica a diversas patologias “implica também que os doentes tenham condições sociais como uma casa em condições e um cuidador”, lembrou Elsa Baião.
A par com a hospitalização domiciliária, a nova administração do CHO avançou também com a criação de “uma equipa de gestão de camas” que está a elaborar o regulamento que, após aprovação, “será uma mais valia porque irá permitir rentabilizar as camas que estão disponíveis no hospital”.
Pretende ainda, após a conclusão da remodelação do serviço de urgências do Hospital das Caldas da Rainha, “criar um espaço para passar a ter camas de cuidados intermédios”, possibilitando internamente estabilizar alguns doentes sem a necessidade de os transferir”, explicou a presidente.
A remodelação e ampliação do serviço de urgência médico-cirúrgica da Unidade das Caldas da Rainha, deverá estar concluída durante o primeiro semestre deste ano.
Trata-se de um investimento de 1.733.254,00 euros que contempla a criação de uma segunda Sala de Observação (SO) com 264 metros quadrados e capacidade para 20 camas e a criação de um espaço complementar para 12 cadeirões.
A intervenção incidirá ainda na urgência pediátrica, onde a atual SO será ampliada de 27 para 76 metros quadrados, passando a dispor de seis camas. Passará ainda a contar com uma sala de espera exclusiva, assim como de um balcão de admissão destinado unicamente aos doentes até aos 18 anos.
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