Fundada a 28 de abril de 2009, a Confraria do Príapo tem por objetivo defender, valorizar e promover a cerâmica popular das Caldas da Rainha, de que “o falo é o principal símbolo, privilegiando uma abordagem artística e rejeitando a vulgaridade, a grosseria e a ofensa social”. Contudo, esta associação tem estado inativa nos últimos cinco anos até que a anterior direção decidiu cessar os trabalhos e eleger novos órgãos sociais, com 17 votos a favor e um em branco
A nova direção é composta por Maria Dulce Horta (presidente do Conselho Diretivo da Confraria do Príapo), Ana Vasques (vice-presidente), Isabel Pecegueiro (tesoureira) e Marta Pinto (secretária). Liliana Resende, Rui Vogado e Carlos Oliveira são vogais. Da anterior direção mantêm-se Hugo Oliveira, que preside à Assembleia Geral, e António Marques como secretário da mesa, que agora tem a companhia de Maria Natércia Ferreira. O Conselho Fiscal conta com Eduarda Santos, Umbelina Barros e Romeu Henriques.
De acordo com Maria Dulce Horta, presidente do Conselho Diretivo da Confraria do Príapo, “decidi concorrer porque gosto muito de tradições, e não quero deixar morrer esta”, por isso, “partimos para este projeto, sem receios nem hesitações, e com muita vontade de continuar a trabalhar com os mesmos objetivos e mais alguns, mas sempre com aqueles que se identifiquem com o seu objeto social, defender, valorizar e promover com identidade própria a cerâmica erótica das Caldas da Rainha, de que o falo é a principal peça e símbolo”.
Para a nova direção “recomeçar é urgente, dar vida à Confraria é urgente, são as nossas prioridades, temos consciência da missão importante que temos pela frente, sabemos o que queremos e desejamos, os objetivos estão definidos, por conseguinte, o que todos sem exceção pretendem é a concretização dos mesmos”. Nesse sentido, a nova direção já tem várias ideias para colocar em prática, como a colocação de um grande falo numa das rotundas da cidade, a criação de um museu do erotismo nas Caldas e palestras de esclarecimento, pois “as pessoas nem sabem que existe e o que é a confraria”.
Além disso tem a ideia de realizar um intercâmbio com outras confrarias parecidas com esta.
Maria Dulce Horta também reconheceu que irá encontrar algumas dificuldades e obstáculos, e “até podemos cair mas não vamos desistir”. “Aconteça o que acontecer, a maior vitória será saber que demos sempre o nosso melhor em todos os momentos deste projeto”, destacou a presidente do Conselho Diretivo da Confraria, adiantando que “não nos podemos esquecer que cada dia que temos pela frente é uma oportunidade para conseguir uma pequena conquista. E se formos persistentes e nunca desistirmos, no final de tudo acredito que sairemos todos vitoriosos daquilo a que todos nos propomos – a defesa, elevação e grandeza do falo como identidade própria das Caldas da Rainha”.
Para já a confraria não tem local para instalar a sede, visto que o Centro de Juventude vai fechar para obras. “Este é outro dos nossos objetivos, arranjar um local para instalar todo o espólio da Confraria”, explicou Maria Dulce Horta.
A noite ficou marcada pela leitura de poesias eróticas por parte do ator José Ramalho, interpretação de peças musicais pelo pianista Tiago Mileu e ainda distribuição de medalhas aos novos confrades. Além disso foi apresentado o novo cocktail “El Falo”, que vai passar a incorporar a carta de bebidas da Toca da Onça – Bistro. Esta bebida é composta por maçã, gengibre, pau de cabinda, baunilha e whisky Jameson.
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