A vereadora Maria da Conceição, responsável pelo pelouro da cultura, fez um balanço muito positivo do intercâmbio sublinhando que “foram inexcedíveis na forma de nos acolher e na organização de eventos”, referindo que Caldas da Rainha “deixou uma imagem muito positiva e esperamos ter no próximo 15 de maio, dia da cidade, alguns elementos brasileiros que estiveram connosco”.
Foi numa conferência de imprensa que decorreu no passado dia 19, nos Paços do Concelho, que a comitiva falou da viagem. A autarca lembrou que a geminação surgiu pela “razão das águas termais e do Hotel Termal ter sido construído com base nos estatutos do nosso Hospital Termal”. Disse que foi recebida na Câmara (que corresponde à assembleia municipal em Portugal), onde foi aprovada, por unanimidade, uma moção de congratulação para com o município irmão das Caldas da Rainha.
A vereadora caldense participou ainda num encontro sobre termalismo e cultura, onde foi oficializado o conselho municipal de cultura de Santo Amaro.
A autarca referiu que foi “convidada para um encontro com os rotários locais e estive presente na Assembleia Legislativa do estado de Santa Catarina, onde falei sobre as Caldas da Rainha e sobre a geminação”, adiantando que “esse encontro passou no telejornal da televisão de Santa Catarina”.
A comitiva foi recebida na Academia de Letras de Santo Amaro, que ofereceu diversas publicações. A vereadora revelou que será criada, na biblioteca municipal, uma área específica para expor as publicações dos autores brasileiros, tal como o inverso acontecerá na biblioteca de Santo Amaro da Imperatriz. “Neste encontro foi apresentado pelo vereador Juliano Souza da Silva a brochura intitulada “Nascida das águas e da realeza”, que conta a história da semelhança das Caldas da Rainha com Santo Amaro da Imperatriz. “Caldas da Rainha e Caldas da Imperatriz nasceram das águas e presentearam a humanidade com duas singulares estâncias termais, patrimónios históricos e naturais que encantam e curam ao longo dos séculos”, diz o pequeno livro.
Monumento feito pela artista caldense fica exposto no Brasil
“Cidades Irmãs” é como se designa o monumento de três metros de altura criado pela ceramista caldense Umbelina Barros, durante a sua estadia em Santo Amaro da Imperatriz, que será colocado em frente ao hotel termal daquela cidade no dia 15 de janeiro, data em que se assinala a festa Santo Amaro.
A artista criou o monumento que é encimada por uma coroa, inspirada na rainha D. Leonor e na imperatriz Teresa de Bourbon (esposa de D. Pedro II). Foi realizada no ateliê de Taninha, uma oleira local que cedeu o espaço. Para fazer a peça revelou que “tive de estudar um pouco o que era a história de Caldas da Imperatriz, porque me disseram logo que aquilo que eu iria construir era para ficar praticamente em frente ao hotel e ao hospital, onde as pessoas vão buscar água no fontanário”. Assim a peça tem uma bilha e irá, também, servir de fontanário. O monumento tem ainda uma pomba que simboliza o Espírito Santo, uma alusão aos 200 anos da fundação da estância termal, bem como as palavras “Caldas Imperatriz, cidade termal, irmãs”. “Tive o maior contratempo da minha vida, disseram-se que havia muito sol, e tivemos chuva até domingo, e entrei num desespero porque o barro precisa de secar”, contou a artista, acrescentando que “a população ajudou”.
Maestro caldense homenageado
Adelino Mota fez um intercâmbio durante a semana com a banda de Santo Amaro e no último dia decorreu um grande concerto que tinha muito público. “Encontrei uma banda com muitos jovens e fiz dois concertos com eles, um numa feira de artesanato e o outro à noite”, contou. Nessa noite o agrupamento homenageou antigos maestros e no final fizeram uma supresa ao maestro português também com uma homenagem. Um ex-maestro brasileiro, Luiz Fernando da Costa, fez um dobrado, em honra de Adelino Mota, tendo editado a música também em livro. A obra foi oferecida ao maestro caldense que irá doá-la à biblioteca municipal das Caldas.
O maestro revelou que foi fazer “música portuguesa” e ficou muito contente “quando as pessoas que me receberam lá começaram a ver o meu currículo e os meus trabalhos e surgiu um convite de última hora para ir trabalhar com a Banda da Polícia Militar de Florianópolis, que é uma banda profissional. “Gostaram muito de trabalhar comigo e convidaram-me a voltar para fazer um concerto maior com eles, prova que reconheceram o meu trabalho”, adiantou Adelino Mota.
O maestro ficou muito sensibilizado com o intercâmbio, sublinhando que “eles estavam empenhadíssimos nesta geminação”. “Também deixámos a nossa cidade muito bem vista, que era o nosso principal objetivo”, salientou.
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