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Novo Banco cede quadros a Óbidos e Caldas

Francisco Gomes

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O Novo Banco está empenhado em criar um itinerário museológico pelo país cedendo obras que são sua propriedade a diversos espaços municipais, com o objetivo de permitir a fruição da arte pela população, em vez das obras estarem guardadas e não expostas. O Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha, já recebeu duas obras de Malhoa, e na região Óbidos é o concelho onde foi realizado um protocolo com o museu municipal para acolher a obra “Natureza morta com cesto de folares, flores e pano bordado”, de Josefa de Óbidos, pertencente à coleção de pintura do Novo Banco.
António Ramalho, presidente do Novo Banco, e José Pereira, vice-presidente da Câmara de Óbidos, com a obra de Josefa de Óbidos de fundo

Esta obra, que tem a particularidade de a assinatura da pintora ser somente “Óbidos”, fica agora depositada nesta vila, após o compromisso assumido na semana passada por intermédio do presidente do Novo Banco, António Ramalho, e o vice-presidente da Câmara de Óbidos, José Pereira.

O autarca afirmou que “quando este Município foi contactado por parte do Novo Banco relativamente à obra que aqui recebemos, foi com muito agrado que aceitámos este empréstimo”. “Sentimos que parte de Josefa regressava a casa”, confessou José Pereira, garantindo que “a obra vai ser mote para desenhar um trabalho pedagógico, por parte do serviço educativo do Museu Municipal à volta desta grande pintora”.

Josefa de Óbidos, uma das poucas e mais importantes mulheres pintoras do século XVII em Portugal, consegue, na sua obra, integrar e interpretar, com uma linguagem plástica muito própria, o espírito e estética do barroco.

“Juntar num único local, o maior número de obras desta pintora, do seu pai, Baltazar Gomes Figueira, e dos seus contemporâneos, é um objetivo que este serviço ambiciona”, revelou o vice-presidente. Por isso, “na eventualidade de o Novo Banco ter outras obras que pudessem complementar esta, seria com todo o gosto e de braços abertos que as recebíamos”, apelou o autarca.

António Ramalho explicou que este ano “iniciou-se este projeto de trazer para vários locais do país a arte que possuíamos no Novo Banco”.

Com este protocolo são já 19 as obras de grande relevo cultural colocadas em exposição permanente em 11 museus nacionais em Castelo Branco, Guarda, Guimarães, Caldas da Rainha, Figueiró dos Vinhos, Lisboa, Viseu, Torres Novas e agora em Óbidos.

No total serão 97 as obras que vão ser disponibilizadas a museus nacionais e regionais em todos os distritos, com a intenção de se constituir um roteiro de arte com as obras cedidas.

“Ao cair da Tarde”, um óleo sobre tela de 1881 e “Um coleccionador”, óleo sobre cartão de 1888, obras de Malhoa, podem ser vistos em exposição no Museu José Malhoa. Outro quadro do pintor, intitulado “Cuidados de Amor”, um óleo sobre tela de 1905, foi cedido ao Centro de Artes de Figueiró dos Vinhos, vila onde o artista, natural das Caldas da Rainha, viveu e pintou durante quase 50 anos e morreu em 1933, aos 78 anos.

Com a Câmara Municipal da Guarda foi assinado um protocolo para a cedência de obras dos artistas João Hogan, Nikias Skapinakis, José de Guimarães, Júlio Resende e Luís Pinto Coelho, para a exposição permanente no Museu da Guarda.

Em Castelo Branco, com o Museu Francisco Tavares Proença Júnior, foi assinado outro protocolo para a cedência de uma pintura do século XVII, atribuída a Jan Fyt, pintor flamengo de naturezas mortas. Ao Museu Nacional dos Coches foi cedida a pintura a óleo sobre tela “Entrada pública em Lisboa do Núncio Apostólico Monsenhor Giorgio Cornaro”, realizada em finais do século XVII.

Ao Museu Nacional de Arte Antiga foi feita a cedência do retrato da Condessa de Verdun, Anne Catherine Le Preudhomme, pintado por Elisabeth Louise Vigée Le Brun, uma das mais importantes pintoras francesas da segunda metade do século XVIII.

Uma coleção de fotografia do Novo Banco deverá ficar instalada no Convento São Francisco, em Coimbra, e o espólio do Novo Banco não fica por aqui, abarcando ainda as áreas da literatura e numismática, que vão enriquecer outros espaços museológicos.

Ao JORNAL DAS CALDAS o presidente do banco disse que o valor estimado das coleções de arte é 55 milhões de euros.

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