A fruticultura e a vitivinicultura continuam a ser os pilares fundamentais desta peculiar festa, sendo especialmente representadas pela pera rocha do Oeste e pelo vinho leve da Região de Lisboa, dos quais o Cadaval é um exímio representante, ocupando lugar cimeiro na produção, comercialização e exportação.
O pavilhão municipal, junto ao campo da feira do Cadaval, voltou a ser palco deste apreciado certame, onde a homenagem às tradições rurais se associa à divulgação e dinamização económica. Este ano conta com a participação de cerca de 60 expositores, que anualmente dão a conhecer um leque variado de produtos artesanais e gastronómicos, bem como de representações do tecido empresarial e institucional.
Na área vitivinícola, a Festa das Adiafas conta com a participação anual de diversas adegas da região, com prova e venda das respetivas gamas de vinho leve – bebida de baixo teor alcoólico, frutada e muito apreciada dentro e fora de portas. A este nível, o destaque vai para a cerimónia de entrega dos prémios do Concurso de Vinhos Leves da Região de Lisboa, que este ano atinge a 8ª edição, numa parceria da Câmara Municipal do Cadaval com a Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVRL), agendada para 11 de outubro.
Além do sector vitivinícola também o setor produtivo volta a estar patente no certame, através de colóquios e de várias conferências técnicas, abertos ao público interessado, sobre temáticas de utilidade agrícola e de fomento da economia rural.
Na inauguração do certame estiveram presente José Bernardo Nunes, presidente do município e restante vereação, bem como o secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, além de outras entidades locais e regionais, que percorreram todos os stands, cumprimentando e provando os produtos.
Na opinião do secretário de Estado, a “Festa das Adiafas é um dos certames que tem esta vertente de não só manter a tradição mas também puxar pela economia local”, neste caso da pera rocha e do vinho. Igualmente destacou o facto de o certame congregar o Festival Nacional do Vinho Leve, particularidade que “só se encontra aqui, no Cadaval”.
Carlos Miguel também salientou que “a região está cada vez com mais e melhores vinhos” e isso deve-se aos vitivinicultores, que “souberam dar a volta, produzindo vinhos de qualidade a um excelente preço”.
Em relação aos “reparos que ouvi”, o secretário de Estado referiu que foram “muito justos e tem a ver com os seguros, que não cobram aquilo que é suficiente havendo sempre surpresas para o agricultor, na certeza em que o principal prejudicado é o próprio Estado”. Além disso apontou que “nós temos pouca tradição nos seguros e temos que evoluir muito mais, sendo mais exigentes com as companhias, para que isto não seja apenas um bom negócio para uns”.
Já o presidente do município, José Bernardo, referiu que o “festival no fundo celebra as colheitas da área da fruticultura, vitivinicultura e floresta” bem como “divulgar as atividades económicas e os produtos da região”. Destacou ainda que “se estas temperaturas se mantiverem vamos ter muita afluência de visitantes como no ano passado”.
Em relação à produção do vinho, o autarca sublinhou que “houve uma quebra de produção de uvas, pois o calor excessivo, sentido durante o mês de agosto, queimou uma parte significativa da uva”. Contudo, isso “não ocorreu em todas as castas”, visto que existem umas mais resistentes do que outras ao calor.
No caso do moscatel verificaram-se “quebras significativas acima dos 50%, na maioria dos casos”. Já as restantes, José Bernardo explicou que registaram “quebras menores”.
No que diz respeito à qualidade da uva, o autarca garantiu que “está razoável, pois deve-se a este tempo seco que permitiu que não houvesse podridões e que elas conseguissem amadurecer”. Como tal, “julgo que será um ano de qualidade razoável com uma quantidade ligeiramente inferior ao ano passado”.
No caso da produção de pera rocha, o edil salientou que “a Central Fruteira do Cadaval deve ser a única do país que teve um aumento de 2% na produção”.
Miss Adiafas 2018 teve como vencedora Marina Ferreira
Este ano, a “Festa das Adiafas” ficou marcada pelo regresso ao certame da eleição da Miss Adiafas 2018, que nos últimos anos foi realizado pelo Clube Atlético do Cadaval, noutro formato.
O espetáculo, que decorreu logo na primeira noite do certame, contou com apresentação de Carla Matadinho e com a participação de nove candidatas da região, que desfilaram por três vezes, culminando com a eleição da jovem Marina Ferreira, de 20 anos, estudante de gestão de turismo e ex-estagiária do JORNAL DAS CALDAS, como Miss Adiafas 2018.
A primeira-dama foi Adriana Cruz, que acumulou com Miss Fotogenia, a segunda- dama foi Cristiana Carreira, e Ana Raquel foi considerada a Miss Simpatia.
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