Objeto de muito preconceito – por parte de alguns setores da sociedade caldense, que, com certeza, sentem-se ofuscados pela sua luz –, apesar das contrariedades, mantém-se de cabeça erguida na sua luta de apoio aos desvalidos.
Ser solidário não pode ter como objetivo receber uma homenagem num elegante palco da cidade; ou calorosos e rasgados elogios dos amigos, da imprensa, e das redes sociais. Ser solidário é doar-se, incansavelmente – como faz Joaquim Sá, desde 1986 – sem nunca esperar qualquer tipo de retorno.
Esse homem, de caráter e de grande coração, possui uma trajetória muito extensa no combate à pobreza e no apoio aos mais necessitados, por isso, merece todo o respeito da comunidade onde está inserido.
Um dos pontos em que ele é mestre é o de conseguir dialogar com os moradores de rua, bem como, com aqueles que o procuram pedindo ajuda. Essa conversa, não é daquelas que resulta na frase: “o caso está identificado”, que tanto os meios sociais gostam de propagar, depois, efetivamente, sendo muito lentos a atuar. O Joaquim Sá age rapidamente, no mesmo momento, e sem burocracia, oferecendo o pão para a boca.
Ao contrário do que se diz, Caldas da Rainha não recebe “paletes de pessoas”, que aqui supostamente aportam apenas para se aproveitarem das refeições fornecidas pelo Joaquim Sá. Também não há marginais ou arruaceiros a fazerem baderna, quando vão ao seu encontro para buscar alimentos. A maioria dos que o procuram são desempregados; ou auferem do rendimento mínimo, não conseguindo alimentar-se condignamente durante todo o mês; ou possuem uma família numerosa e o dinheiro que recebem não chega para alimentar todas as bocas; ou são vítimas de percursos acidentados na sua história de vida.
Felizmente, inúmeros comerciantes das praças da fruta e do peixe continuam a apoiá-lo, oferecendo ingredientes para o preparo das refeições.
Ele, os seus voluntários, e todas as pessoas que são ajudadas, tratam-se como se família fossem, tal o grau de amizade que os cerca.
Esse homem, para alguns um santo na terra, doa de si, para que quem o procura possa andar de roupa lavada e de barriga composta. Um exemplo para a humanidade. A sua bondade é a sua grande qualidade.
Joaquim Sá é um benevolente. Um homem que não exibe arrogâncias e, muito menos, a prosápia dos seres pequenos. Sua alma revela-nos verdades incondicionais. Suas mãos carregam sacolas cheias de amor. Sua voz emite um único som, o eco da dor dos que sofrem, suficiente para fazer-nos perceber que é muito melhor do que nós. Coadjuvemos o Joaquim Sá a auxiliar quem mais precisa, pois, a verdadeira religião é o amor!
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