“O país dispõe já de mecanismos de apoio para responder a aleatoriedades climatéricas”, como o chamado ‘escaldão’, que, no início de agosto causou prejuízos na produção de pera rocha e de uva na região Oeste, refere o Ministério da Agricultura, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
De acordo com a tutela, os seguros de colheitas agrícolas existentes são subsidiados entre 80% a 75% a fundo perdido
O Ministério explicou ainda que os fruticultores também recebem apoios financeiros para o ‘escaldão’.
Os autarcas da região Oeste pediram uma reunião urgente ao ministro da Agricultura para o sensibilizar para os prejuízos que a vaga de calor do início do mês de agosto trouxe à agricultura da região.
A OesteCim pediu a ajuda da tutela não só no sentido de “minimizar” os prejuízos, mas também trabalharem em conjunto com o intuito de os prevenir no futuro, através da alteração dos seguros de colheita, “face ao previsível aumento das temperaturas atmosféricas nos próximos anos”.
A produção de pera rocha deste ano registou quebras entre 15 e 25 por cento e um prejuízo acima de 30 milhões de euros, devendo ficar entre as 180 a 190 mil toneladas, abaixo das 210 mil anteriores, estimaram os autarcas e a Associação Nacional dos Produtores de Pera Rocha, que representa o setor.
As quebras na produção de uva de mesa são superiores a 50% e nas uvas para vinho rondam os 40%.
A vaga de calor de agosto causou prejuízos acima dos nove milhões de euros aos produtores de vinho da região de Lisboa, que perderam 30% da produção do ano passado, que foi de 106 mil toneladas de uva para vinho, segundo a Comissão Vitivinícola Regional de Lisboa.
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