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Rui Rio em Conselho Nacional realizado nas Caldas

“Estou cheiinho de medo” – resposta irónica aos críticos internos no PSD

Francisco Gomes

EXCLUSIVO

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O presidente do PSD respondeu de forma irónica aos opositores dentro do partido. Rui Rio disse estar “cheiinho de medo”, quando confrontado se não receia uma escalada de críticas internas perante uma liderança que tem motivado algumas divisões. À entrada para o Conselho Nacional do PSD, nas Caldas da Rainha, o líder social-democrata garantiu não estar preocupado.
Conselho Nacional do PSD no CCC das Caldas da Rainha

Antes da entrada para o Conselho Nacional do PSD, realizado na passada quarta-feira à noite, no Grande Auditório do Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, Rui Rio participou na tomada de posse da comissão política concelhia local, onde pediu aos opositores internos para não deixarem de o criticar mas a não o fazerem na comunicação social. O presidente do partido chegou mesmo a elogiar o jovem dirigente social-democrata Rodrigo Amaro (presidente da JSD caldense), que disse preferir a palavra “alternativa” a “oposição”.

Já aos jornalistas, confrontado com declarações do ex-líder parlamentar Luís Montenegro, que num programa da TSF havia afirmado não poder ficar em silêncio perante erros e falta de mobilização interna do presidente, Rui Rio respondeu assim: “Sim, estou cheiinho de medo”.

Uma resposta irónica às críticas de Luís Montenegro, que surgem depois de Rui Rio ter sugerido que “aqueles que discordam estruturalmente devem sair do PSD”.

Entretanto, o líder social-democrata anunciou que vai apresentar uma proposta, no âmbito da discussão do orçamento de estado, para travar a especulação imobiliária, uma das discussões do momento. Rui Rio declarou que a sua proposta seguramente não será semelhante à “Taxa Robles”, da qual desconhece o teor.

Explicando que considera “não ser disparatado” colocar na agenda o tema da especulação imobiliária, apesar do PS já ter vindo a público dizer não concordar com o BE nesta matéria, o presidente do PSD salientou que o BE “não colocou ainda nenhuma proposta em cima da mesa” e, que quando o fizer, estará “provavelmente nos antípodas do que o PSD defende”.

Rui Rio defende a penalização dos especuladores através da taxa já existente em sede de IRS sobre as mais-valias: “Quem compra e vende imóveis num curto espaço de tempo deve ser penalizado no IRS, e quem retém imóveis durante muitos anos deve ser beneficiado no imposto”.

Segundo esta ideia do presidente do PSD, “quem vende uma casa ao fim de dez anos teria uma taxa, quem vende ao fim de vinte ou trinta anos se calhar não pagaria nada, e quem anda a comprar e vender pagaria bastante porque anda a inflacionar o preço do mercado”.

A reunião do Conselho Nacional, na qual participaram também conselheiros caldenses – Tinta Ferreira, Hugo Oliveira e Daniel Rebelo, decorreu à porta fechada e no final Paulo Mota Pinto foi o porta-voz das conclusões. Questionado sobre as críticas internas, nomeadamente da aproximação do PSD ao PS, declarou que “o PSD é um partido plural, houve intervenções mais críticas, outras de alerta, outras de defesa, outras que manifestaram agrado por essas intervenções terem tido lugar no Conselho Nacional. Mal estaríamos se fosse só fora”.

“O tema principal” da reunião, que se iniciou perto das 22h, foi a apresentação do documento sobre política de saúde, o que acabou por acontecer já depois da meia-noite. A reunião terminaria pelas duas da manhã

Seria adiada a votação das propostas de alteração aos estatutos, a pedido das estruturas distritais do partido, que se queixaram de não as conhecerem em profundidade, o que terá lugar na próxima reunião ordinária do Conselho Nacional, dentro de dois meses.

A realização de uma convenção nacional de dois em dois anos (alternados aos dos Congressos), não eletiva, a criação da figura do Provedor de Militante, o pagamento preferencial de quotas por débito direto, a inscrição da estrutura informal Mulheres Social-Democratas nos estatutos do PSD e a determinação de que só pode subscrever uma moção de censura a qualquer órgão quem tiver as quotas pagas são algumas das propostas atualmente em debate. Para passarem a integrar os estatutos do PSD, terão de ter uma aprovação de três quintos dos conselheiros.

O novo regulamento eleitoral do PSD – com ajustamentos de pormenor ao atual, destinados a preparar a futura informatização do partido – foi aprovado por unanimidade.

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