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Encontro de Tricot coloriu Parque D. Carlos I

Marlene Sousa

EXCLUSIVO

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Cerca de uma centena de pessoas participou no encontro de tricot e crochet que decorreu no passado domingo no Parque D. Carlos I, nas Caldas da Rainha. Os participantes levaram várias peças em tricot e crochet que decoraram e coloriram o parque.
Os responsáveis pela organização afirmaram que o primeiro encontro superou as nossas expetativas

Os responsáveis pela organização são Ana Cristina Gameiro e Lúcia Estevam, que afirmaram ao JORNAL DAS CALDAS que o primeiro encontro“superou as nossas expetativas”, revelando que “criou-se um núcleo muito interessante de tricot, onde um grupo de mulheres e também alguns homens se reuniram num local emblemático da cidade com o pretexto de um dia bem passado e descontraído, de agulhas e novelos na mão”.

O evento contou com a colaboração da UniãodasFreguesiasde Caldas da Rainha -Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório. Ana Cristina Gameiro considera que estão reunidas as condições para realizar a segunda edição, porque houve muitas pessoas a “perguntar quando é que se repetia o evento”.

Presente neste encontro de tricot esteve o designer André de Castro, do Porto, que se apaixonou pelo tricô e cria as suas próprias peças. Violinista profissional, dedica a maior parte do seu tempo a ensinar as técnicas do tricot, em diversos cursos pelo país.

Para o designer ,“ensinar é algo extremamente motivador e gratificante, e a minha principal missão é formar tricotadeiras/os e dar-lhes as ferramentas necessárias para desenvolverem os seus trabalhos”.

Quanto a este encontro de tricot nas Caldas achou “excelente” até para “descentralizar este tipo de iniciativas que só acontecem no Porto e Lisboa”.

Foi com alegria que viu também um grande número de pessoas a tricotar e outros “interessados a aprender”. Considerou o Parque D. Carlos I o local ideal para este tipo de “encontros” e gostou dos trabalhos em tricot que viu, até porque alguns são de “alunas minhas”.

Maria Silva veio de propósito de Viseu para este encontro. “Conheci muitas pessoas, estou a adorar”, salientou. “Somos um grupo de pessoas que aprecia a arte do tricot, tricotar em conjunto e trocar ideias sobre o assunto”, adiantou a participante.

“O tricot está a renascer e os homens também gostam”, disse Ana Nunes, que está e ensinar esta arte ao filho, Pedro Lourenço. “Eu aprendi durante a minha infância com a minha mãe e com a minha avó e agora estou a passar a arte de fazer tricot ao meu filho, que também gosta”, referiu.

A Liga dos Amigos do Centro Hospitalar das Caldas também participou na iniciativa levando os “polvinhos de amor” feitos com linha de algodão que abraçam prematuros no serviço de Neonatologia.

Na parte da tarde, Zélia Évora apresentou o seu livro, o “Terapia do Tricot”, com edição da Esfera dos Livros. Este livro ensina quem ainda não sabe e ajuda a aperfeiçoar a técnica de quem já mexe nas agulhas. São exibidos 60 projetos de peças para mulher e criança, todas de confeção muito simples. Todas as ilustrações deste livro, à venda por 18,5 euros, seguem o método português de fazer malha, com o fio atrás do pescoço ou ao ombro.

Campanha Linha Vermelha infiltrou-se no encontro de tricot

A campanha Linha Vermelha, que junta tricô e exploração petrolífera, infiltrou-se neste evento. “Estamos a tricotar a maior linha vermelha do mundo – 52 quilómetros, para impedir a perfuração e poluição do nosso solo”, disse, Catarina Gomes, coordenadora da Campanha Linha Vermelha.

“Utilizamos o tricot e outras artes como forma de mobilizar as pessoas para se juntarem e conversarem sobre alterações climáticas e para informar sobre este crime ambiental”, adiantou.

Neste momento estão a focar-se na problemática da exploração de petróleo e de gás em Portugal aqui na zona e que “afeta as Caldas da Rainha”. “Existe no ano 2019 um contrato de um furo em terra planeado para gás, em Aljubarrota, concelho de Alcobaça, a 3,200 metros de profundidade. A zona de Alcobaça é extremamente rica em lençóis freáticos e a contaminação da água que flui com um furo de gás poderá chegar às Caldas da Rainha e toda esta zona do Oeste”, explicou Catarina Gomes.

Utilizam o tricot ,que é, segundo esta responsável, uma “arte mais leve, mais conciliadora, e o nosso público alvo são os não ativistas, porque normalmente em todas estas conversas de ambiente, a maioria da população está excluída ou porque acha que o assunto é muito sério ou porque acha que não tem conhecimento técnico para o debater”. “Nós tentamos criar um ambiente confortável e seguro e divertido para depois introduzirmos o tema com as pessoas”, salientou a coordenadora da Campanha.

“Há muita gente na região que não sabe que já aqui houve sondagem para gás e que em 2019 vai recomeçar novamente e nós vimos fazer tricot e sensibilizar as pessoas para esta questão porque defendemos um futuro sustentável e um desenvolvimento económico em Portugal baseado em indústrias e atividades compatíveis com a preservação do ambiente e da qualidade de vida e que não contribuam para o agravamento das alterações climáticas”, acrescentou.

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