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Realizador Rui Goulart grava cenas do seu novo filme “Angola Momentos Kodak” no Água d’Alma Hotel na Foz do Arelho.

Marlene Sousa

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A nova longa-metragem de Rui Goulart “Angola Momentos Kodak” que está em rodagem no país e que será lançado no final de 2019, contará com cenas gravadas no Água d'Alma Hotel situado na Foz do Arelho.
O realizador, Rui Goulart filmou uma cena na receção do Água d'Alma Hotel na Foz do Arelho

Foi no passado dia 21 de agosto que o realizador português, acompanhado pelo ator Frank Parois e por Eunice Duarte da equipa técnica, se deslocaram ao Água d’Alma Hotel, situado na Foz do Arelho, para filmar algumas cenas da próxima longa metragem “Angola Momentos Kodak” que conta a história dos muitos portugueses “retornados” que viviam naquele país.

Nas cenas que foram gravadas na receção e bar do Hotel, o ator Frank Parois vestiu a pele do filho de um retornado (João D Ávila, que também faz arte do elenco do filme) e que volta pela primeira às origens do pai, que costumava passar ferias na praia da Foz do Arelho.

“O ator João D Ávila, no filme, tem o papel de um retornado que em 1975 após a independência das colónias, em África (Angola), muda-se para França. Este rapaz, seu filho que tem 50 anos, nasceu em França e não fala português. Depois de 40 anos, volta à Foz do Arelho, raízes do pai, que costumava passar férias, naquela praia”, contou Eunice Duarte que faz parte da produção do filme.

“Angola Momentos Kodak” tem uma parte de ficção e outra com histórias reais (documentário). “É sobre os retornados que se fixaram em Portugal e de outros que voltaram para o país, mas depois foram para África de Sul, EUA, Brasil e França”, explicou, o elemento da produção, acrescentando que “o realizador quer neste novo filme retratar um pouco a segunda geração dos retornados que não se fixaram em Portugal, onde muitos não têm qualquer ligação ao país”.

Henrique Correia, diretor do Água d’Alma Hotel recordou que curiosamente o hotel que se chamava Pensão Nazaré remonta “à década de 60, na altura que os portugueses regressaram a Portugal, na sequência do processo de descolonização após a revolução de 1974, onde a avó da minha esposa, recebeu aqui mesmo muitos retornados”.

O hotel foi fundado por Nazaré Piedade Figueiredo, com o nome de “Pensão Nazaré”, e ampliado pelo seu filho Artur Filipe Figueiredo Domingues e sua esposa Maria Alice Mondim Domingues. Na década de 80 deram-lhe o nome de “Residencial Penedo Furado” e posteriormente “Hotel Penedo Furado”.

Atualmente na terceira geração, conta com instalações completamente renovadas, pela mão de Ana Paula Mondim Domingues, o Água d’Alma Hotel transporta um conjunto de valores herdados da primeira geração da família.

Segundo Eunice Duarte, este hotel da Foz do Arelho nas Caldas da Rainha foi escolhido para as filmagens da nova longa metragem porque o realizador gostou “muito da unidade”.

Além do hotel na Foz do Arelho, o realizador também esteve a filmar algumas cenas num restaurante da Marinha Grande que se chama “Tasca da Linha do Oeste”.

As filmagens deste novo filme estão a decorrer em Portugal, Angola, EUA e Brasil.

Realizador Rui Goulart reconhecido e premiado

“Angola Momentos Kodak” será o décimo quarto filme de Rui Goulart depois de “Nascido em Angola” (2017) “Em Obsessão” (1988), “Fábula em Veneza” (1991), “Abstrato” (1997), “Sem Destino – Lisboa Los Angeles…” (2000), “Pensão Internacional” (2002), “Estranhos Dias” (2003) e “1.ª Vez 16mm”, entre outros.

“Nascido em Angola” o último filme lançado por Rui Goulart, foi selecionado para o festival Internacional de Cinema dos Camarões – Camiff 2018.

A longa-metragem de 148 minutos incluiu filmagens feitas em Alcobaça, Caldas da Rainha, Bombarral, Porto de Mós, entre tantas outras localidades. Foi também rodado em Angola, Estados Unidos e no Brasil. Do elenco fazem parte os atores João D’Ávila, Adelaide João e Miguel Borges. Conta ainda com a participação de várias personalidades como o politólogo Jaime Nogueira Pinto, o bispo de Bragança, D. José Manuel Garcia Cordeiro e o antigo bastonário dos médicos, Germano Sousa.

O filme de Rui Goulart “Pensão Internacional” foi selecionado para o Festival de Cinema de Veneza, tendo sido em 2002 o único filme Português selecionado.

O filme “1.ª Vez 16mm” estreou-se em Portugal, no Brasil e foi o também o primeiro filme português a estrear comercialmente nos Estados Unidos (Berverly Hills). tendo ganhado vários prémios, tais como o prémio “Golden Palm Award LAMA (Los Angeles Movie Awards) ou um “Golden Palm”, no México em 2013. O filme “1ª Vez 16mm” estreou em Portugal, Brasil e foi o primeiro filme Português a estrear comercialmente nos Estados Unidos. Este filme ganhou, o prémio LAMA (Los Angeles Movie Awards) e o Golden Palm Awardem S. Diego.

Quantos a estes prémios nos EUA e D. Diego, o realizador português foi reconhecido por Marcelo Rebelo de Sousa, afirmando que “Portugal tem talento”.

Arte e simpatia no Água d’Alma Hotel

Exposições temporárias de artistas portugueses é uma das grandes atracões culturais do Água d’Alma Hotel.

Esta unidade na Foz do Arelho, tem durante o ano várias exposições temporárias de diversos artistas locais, nomeadamente de alunos da ESAD.CR.

O objetivo é criar no hotel uma dinâmica cultural e em simultâneo incentivar jovens artistas e a arte contemporânea.

“O intuito é trazer uma continuidade a nível artístico, de artistas caldenses e alunos da ESAD.CR, até para que os finalistas que já terminaram o curso regressem às Caldas para expor os seus trabalhos”, explicou, o curador da área cultural, responsável pelas exposições e eventos no Hotel, Nuno Bettencourt.

Segundo este responsável, neste momento está patente a mostra “3 artistas” do projeto serigráficoGalderia que foi inaugurada a 15 de agosto.

Trata-se de uma mostra de Raquel Capitão, André Teles e Nuno Bettencourt. Para a exposição, Nuno Bettencourt convidou os seus dois antigos alunos a expor, em conjunto com ele próprio, de forma a mostrarem o seu trabalho, partilhando assim com eles a paixão pela “edição e ilustração”.

Raquel Capitão e André Teles fizeram estágio de curso na oficina de serigrafia do Atelier Arte e Expressão de Caldas da Rainha.

Está ainda patente uma outra exposição de serigrafia de Nuno Bettencourt e de Luís Elgris.

Esta unidade hoteleira, que já recebeu várias exposições, tem adquirido algumas das obras para diferenciar os espaços. “A ideia é também criarmos algum acervo para decorar o hotel e tem sido uma parceria excelente com os artistas”, sublinhou o curador.

Para a inauguração das exposições, esta unidade realiza um sunset com bebidas em Happy Hour com Dj no Terraço do hotel, que oferece uma bela vista sobre a Lagoa. Um espaço ideal para uma bebida ou cocktail.

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