Na ação foram gritadas palavras de ordem como “Tourada é tortura, não é arte, nem cultura” e “nas Caldas nós sabemos que touradas não queremos”. “O que é que nós queremos? abolição já!!!!! as touradas vão acabar, esta praça vai fechar”.
Segundo o caldense, Filipe Maia, um dos elementos do protesto foi uma ação “pacífica e com a autorização da PSP”, “assente na imposição do sofrimento e humilhação à qual o animal é exposto, com sacrifício da sua vida, para gaudio de um público de uma corrente ideológica maioritariamente ligada ao conservadorismo e absolutismo, presos a um passado remoto, parecendo desconhecer que o progressivo abandono de tradições retrógradas e sangrentas é o que caracteriza a evolução de uma sociedade”.
“Não há desculpas para dizer, em 2018, que os animais não sentem dor”, sublinhou, o ativista, reclamando a abolição das touradas. Segundo, Filipe Maia é “importante assinalar como fator motivacional do movimento anti tourada o facto da ciência reconhecer inquestionavelmente a maioria dos animais, incluindo touros, como seres dotados de sensibilidade, sendo-lhes assim possível experienciar dor, medo, angústia, stress e ansiedade”. Salientou o militante da causa a favor da defesa dos animais, a exposição “dos nossos jovens e crianças a espetáculos sádicos e sangrentos, sustentados pela tentativa de perpetuar uma tradição espanhola é igualmente preocupante”.
Lembrou também que recentemente a ONU recomendou a “Portugal a tomada de medidas para restringir o acesso de menores às touradas”.
Para o ativista, é “necessária a sensibilização de rua, por parte de ativistas e voluntários de forma a alertar o cidadão para a realidade à qual o animal é sujeito, pois o sofrimento não começa apenas no início do “espetáculo” ao contrário do que se pensa”. “A barbárie começa antes e termina depois, já longe do olhar do público”, alertou.
À semelhança da tourada, o movimento anti tourada lamenta qualquer outro ato de vandalismo. “Da mesma forma que nos opomos a quem vandaliza o direito à dignidade de um animal, também nos opomos ao vandalismo das arenas, ou outro espaço similar, bem como a qualquer forma de hostilidade dirigido a qualquer aficionado”, afirmou, Filipe Maia.
O manifestante revelou ainda é “crescente o número de vozes que se junta a este protesto, com a cara descoberta ou anonimamente. Cada geração encontra os ideais pelos quais vale a pena sair à rua, e o fim da tauromaquia reúne cada vez, mais defensores”.
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