“Este festival, nomeado para 3ª edição dos Iberian Festival Awards, nas categorias de Best Indoor Festival e Best Small Festival, possui uma reputação que cresce de ano para ano. O programa em 2018 mantém uma amostra de estilos que podíamos resumir como essenciais para uma percepção do universo de influências que o jazz possui e proporciona”, refere Carlos Mota, diretor do evento.
Do programa, nos denominados concertos de palco, destaque para os artistas Salomão Soares, um dos novos talentos musicais na actualidade brasileira, Matt Chandler Trio, que abrange vários géneros musicais – do jazz ao punk, do folk à electrónica, Julia Biel, apontada como “a melhor vocalista britânica para emergir numa época”, SF Jazz Collective, coletivo de jazz multipremiado, composto por oito dos melhores artistas e compositores jazz da atualidade, Alfa Mist Trio, que mistura a melancolia e harmonia do jazz com hip-hop e soul, e a Orquestra de Jazz de Matosinhos, que percorrerá o repertório do chamado “período de ouro” que ficou a marcar o trajecto das big bands (1925/1955).
Haverá concertos “Jazz na Cidade” de livre acesso, que se apresentarão também na vila de Óbidos e em algumas freguesias das Caldas, e espaço para que novos projetos de dj’s venham a surgir nalguns dias como after jazz.
No programa mantém-se a cooperação com as filarmónicas locais e da região, com o programa denominado “As Filarmónicas também tocam Jazz”. Foi convidada este ano a Banda Filarmónica de Alvorninha a apresentar o concerto especial com um programa de jazz aberto ao público no Terminal Rodoviário das Caldas da Rainha.
Haverá ainda uma masterclass de guitarra jazz e tertúlias para conversar à volta de uma mesa com amigos sobre o jazz em Portugal e oportunidade da provar os vinhos da região apresentados por especialistas e produtores premiados, conviver com os músicos e de comprar o cd ou vinil que faltava na coleção, nas bancas que vão estar no foyer do CCC nos dias dos concertos.
Será também realizada, em parceria com o investigador João Moreira dos Santos, uma exposição sobre jazz em Portugal.
Orquestra de Jazz de Matosinhos
Com a realização do concerto no dia 25 de outubro, a Orquestra Jazz de Matosinhos inicia, até final do ano, uma digressão por algumas cidades do país para apresentar uma série de concertos que será complementada durante todo o ano de 2019 através de uma segunda série, constituindo ambas a síntese de um dos seus mais destacados e aplaudidos projectos: a aliciante revisitação musical da história das big bands no jazz.
Intitulado Big Bands: Do Ballroom à Sala de Concerto – Uma viagem pelos tempos do jazz com a Orquestra Jazz de Matosinhos, este conjunto de concertos pedagógicos, contando com a apresentação do seu autor e crítico de jazz Manuel Jorge Veloso, colocará em evidência a importância que as big bands tiveram na história do jazz, enquanto formação instrumental indissociável da evolução dos vários estilos jazzísticos. E servirá também para cotejar traços distintivos desse percurso, desde os tempos em que as grandes orquestras eram um elemento essencial à dança nos grandes espaços de diversão públicos até à atmosfera calorosa dos pequenos clubes e das mais reputadas salas de concerto.
Percorrendo o repertório do chamado “período de ouro” que ficou a marcar o trajecto das big bands (1925/1955), a Orquestra Jazz de Matosinhos tocará nesta primeira série várias peças-chave das orquestras de Fletcher Henderson, Jimmie Lunceford, Duke Ellington, Count Basie, Benny Goodman, Tommy Dorsey, Artie Shaw, Dizzy Gillespie, Woody Herman, Stan Kenton ou Gerry Mulligan, arranjadores, compositores e chefes de orquestra de referência nesse período.
Salomão Soares Trio
O jovem pianista Salomão Soares tem vindo a assumir-se como uma das grandes apostas mundiais. Nascido em Paraíba e radicado na cidade de São Paulo, no Brasil, teve em 2017 o seu ano de consagração como um dos maiores talentos da sua geração, tendo conquistado o primeiro lugar do Prémio MIMO Instrumental 2017, e sendo finalista do Piano Competition no Festival de Montreux, na Suíça.
Acompanhado de Rodrigo Digão Braz (bateria) e Felipe Brisola (baixo acústico), o repertório a ser tocado no dia 26 de outubro abrange composições da sua autoria, assim como improvisos e arranjos que transitam por diversas linguagens da música popular.
SF Jazz Collective
Os SF Jazz Collective tornaram-se num dos grupos mais excitantes e aclamados na cena jazz, sendo a formação atual composta por Miguel Zenón (alto sax), David Sánchez (sax), Warren Wolf (vibrafone), Sean Jones (trompete), Robin Eubanks (trombone), Edward Simon (piano), Matt Penman (baixo) e Obed Calvaire (bateria).
Traz às Caldas no dia 27 de outubro novos arranjos musicais da grande figura do jazz que foi Miles Davis, apresentando igualmente composições originais do coletivo.
Matt Chandler Trio
Matt Chandler já trabalhou com uma grande variedade de artistas. O seu estilo inovador é suportado por uma carreira que abrange do jazz ao punk, do folk à eletrónica.
Incluem o seu grupo Ross Stanley no hammond organ e Eric Ford na bateria, e ainda a banda Pest de electro-funk.
Recebeu prémios no Best Newcomer for MC3 Organ Trio, no The Cheltenham Jazz Festival Budvar Brewed Awards International, em 2009, no Blue Noize blues guitar competition, em 2010, e no ‘Future Guitar Legend’, em 2013.
Atua no CCC no dia 1 de novembro.
Julia Biel
Cantora e compositora autodidata, pianista e guitarrista com uma perspectiva nítida sobre a vida e o amor, tem uma voz tão eletrizante quanto hipnótica e um gosto pelas estruturas de música pop tanto quanto pela harmonia do jazz. Inclui sons psicadélicos dos anos 60.
Dotada como “a melhor vocalista britânica para emergir numa época” pelo The Independent e virar cabeças com as suas performances onde quer que vá, lançou vários álbuns bem sucedidos e promete apresentar no seu live line-up, no dia 2 de novembro, uma coleção deslumbrante de músicas.
Alfa Mist Trio
Tendo crescido em Newham, East London, Alfa Mist começou a sua jornada musical como produtor de grime e hiphop. O pianista autodidata e por vezes rapper logo se sentiu atraído pela música jazz, que mistura com hip-hop e soul.
O seu mais recente álbum, ‘Antiphon’, catapultou-o para a linha da frente na nova cena de jazz como um dos nomes a seguir após a recepção calorosa que teve o seu primeiro disco, ‘Nocturne’.
Do trio fazem parte Alfa Sekitoleko – piano/líder da banda (AKA Alfa Mist), Dornik Leigh – bateria e Kaya Thomas-Dyke – baixo/voz.
A atuação no CCC é no dia 3 de novembro.
0 Comentários