Esta adega do Bombarral, criada em 1956, já foi considerada uma das maiores adegas da região, mas nos “últimos tempos estava a passar por algumas dificuldades financeiras”.
De acordo com o presidente da cooperativa, Vítor Vieira, “a adega estava a passar uma fase muito difícil, em que tínhamos algumas penhoras e não conseguimos obter um empréstimo”, por isso “a solução encontrada foi fazer uma parceria com esta empresa”, que igualmente desenvolve a sua atividade na produção e comercialização de vinhos.
No fundo, a “Condado Portucalense – Sociedade de Vinhos, Lda”, que iniciou a sua atividade no ano de 1983, comprou as instalações da adega, no sentido de “continuar o trabalho que aqui já estava a ser desenvolvido”. Aliás, o responsável sublinhou que “se não fosse esta venda, a cooperativa teria de declarar insolvência e não era possível pagar as duas colheitas, que estavam em atraso”.
Contudo, “felizmente com este negócio, já conseguimos liquidar a colheita de 2017 e começar a regularizar a de 2016”.
Neste momento, a empresa sediada em Arruda dos Vinhos está a apostar na requalificação e revitalização da adega para proporcionar aos agricultores, um “sítio mais adequado para colocar as suas uvas”. Igualmente mantiveram o número de funcionários.
A atual gerência da “Condado Portucalense”, que adquiriu a empresa em 2003, tem como missão dar valor ao produtor nacional e ao que de melhor se faz em Portugal. Com esta missão a Condado Portucalense garante aos produtores o escoamento do seu produto e a sua boa utilização na produção de vinhos, adequados para acompanhar qualquer refeição.
Segundo o sócio-gerente da empresa, Júlio Barreto, “desde 2003 que a Condado Portucalense tem tido um percurso marcado por alguns sucessos”, exportando para 18 países, sendo que o mercado principal é Espanha, China e os países PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa).
Há quatro anos adquiriram a Adega Cooperativa do Sobral de Monte Agraço e há cerca de um mês decidiram investir na Adega do Bombarral para “continuar a afirmar a sua visão humanista” e ainda “dar mais um passo na produção”. Além disso explicou que “o movimento que temos é muito grande e não podemos estar dependentes dos mercados que são incertos”, por isso “temos de garantir a nossa produção”.
Contudo, garantiu que o objetivo agora, é “tentar estabilizar a casa e pagar as uvas a tempo e horas, e a partir daí, vamos ver onde podemos chegar”.
Para marcar esta nova fase da Adega Cooperativa do Bombarral, a empresa de Arruda dos Vinhos, promoveu uma festa nas suas instalações.
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