O fruto é uma mais-valia da Amoreira. “É um produto caraterístico da região e este festival serve para incentivar os produtores locais”, afirmou Vanessa Rolim, presidente da junta de freguesia.
Como ir a Óbidos e não provar a ginjinha é como ir ao Vaticano e não ver o papa, a bebida é o produto derivado mais conhecido. Cada produtor tem a sua fórmula. João Simão, da Ginjinha Porta 7, contou que “o fruto é igual em todo o Portugal mas a maneira de confecionar em Óbidos é diferente”.
Quem faz ginjinha aproveita para mostrar outras aplicações do fruto. Marco Henriques, da Vila das Rainhas, descreveu que para além do licor, “o pé da ginja é reaproveitado para secagem e fazemos chá. Temos doce, biscoito, bolacha e pastel de nata de ginja, produtos todos naturais”.
“Temos sonhos, queijadinhas, bolo de chocolate com doce de ginja e também pastéis de bacalhau com ginja”, indicou Rosa Horta.
Joana Rodrigues, da Licofrutos, revelou que “temos doce extra de ginja, que é a ginja inteira em calda de açúcar e só se tira o caroço”. Com o licor “ganhámos este ano medalha de ouro no concurso nacional de licores e três estrelas no Great Taste em 2017”.
O crescimento da procura e até já exportação leva a quem tenha começado fazer ginja caseira por passatempo pense agora em comercializar, como é o caso de António Faria, da Ginja do Tó-Zé. “É uma ginja boa e é isso que eu penso fazer, para ver ser consigo ganhar uns trocos, porque a vida não está fácil”.
Os visitantes do Festival da Ginja que provaram algumas das iguarias ficaram deliciados. “Dá vontade de beber mais mas não se pode abusar”, comentou um dos participantes na festa.
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